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    Preços ao produtor nos EUA aumentam com força em agosto

    No acumulado de 12 meses até agosto, o índice acelerou a 8,3%, a maior variação desde novembro de 2010, após alta de 7,8% em julho

    da Reuters

    Os preços ao produtor nos Estados Unidos aumentaram com força em agosto, indicando que a inflação elevada deve persistir por um tempo, com as cadeias de abastecimento permanecendo apertadas conforme a pandemia se arrasta.

    O índice de preços ao produtor para a demanda final aumentou 0,7% no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (10). A leitura segue dois aumentos mensais consecutivos de 1,0%. No acumulado de 12 meses até agosto, o índice acelerou a 8,3%, a maior variação desde novembro de 2010, após alta de 7,8% em julho.

    Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,6% na comparação mensal e 8,2% na base anual.

    Embora as pesquisas do Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) deste mês tenham mostrado que o indicador dos preços pagos pelos setores de manufatura e serviços caiu significativamente em agosto, ele permaneceu elevado. Fábricas e os provedores de serviços ainda lutam para garantir mão de obra e matérias-primas e enfrentam atrasos na logística.

    Isso foi corroborado pelo Livro Bege do Federal Reserve na quarta-feira, uma compilação de relatórios sobre a economia feita a partir de informações coletadas em ou antes do dia 30 de agosto, mostrando que “os contatos relataram preços de insumos em geral mais altos, mas, assim como com a mão de obra, eles estavam mais preocupados em obter os suprimentos de que precisavam em vez de seu preço.”

    Níveis de estoque muito baixos por causa dos gargalos de fornecimento permitiram aos produtores repassar facilmente os custos mais elevados aos consumidores. A medida de inflação preferida do Fed, o núcleo do PCE, subiu 3,6% nos 12 meses encerrados em julho, após avanço semelhante em junho.

     

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