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    Preço do café arábica atinge maior valor em 30 anos, diz Cepea

    Apenas em 2025, o valor já subiu mais de R$ 500 por saca, refletindo a combinação de estoques baixos, demanda firme e preocupações com a safra atual

    Cristiane Nobertoda CNN

    O café arábica, variedade mais consumida no Brasil, atingiu em fevereiro o maior preço real dos últimos 30 anos, segundo dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, divulgado nesta quarta-feira (19).

    Apenas em 2025, o valor já subiu mais de R$ 500 por saca, refletindo a combinação de estoques baixos, demanda firme e preocupações com a safra atual, de acordo com os pesquisadores.

    O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, chegou a R$ 2.769,45 por saca de 60 kg no dia 12 de fevereiro, marcando o recorde da série histórica da instituição iniciada em 1996.

    O Cepea aponta que “os baixos estoques nacional e global da variedade vêm sustentando o movimento de alta”. Além disso, os pesquisadores alertam para uma produção “novamente modesta” para a safra de café brasileiro em 2025/26, o que mantém o mercado em alerta.

    Mesmo assim, o Cepea avalia que a demanda segue aquecida, mesmo diante dos preços elevados, pressionando ainda mais os valores.

    As condições climáticas são outra fonte de preocupação para a produção de 2025. No campo, as lavouras de arábica estão na fase final de desenvolvimento da temporada, mas o forte calor e a falta de chuvas, principalmente nesta semana, têm preocupado os produtores.

    “O forte calor e alguns dias mais secos deixam os produtores em alerta”, destacou o Cepea.

    No dia 12 de fevereiro, o Cepea avaliou que o bom volume de chuvas nas regiões produtoras de café desde outubro de 2024, resultou em um “desenvolvimento satisfatório” da safra 2025/26.

    No entanto, as expectativas para fevereiro são de chuvas abaixo da média histórica e temperaturas acima do normal para o período, o que tem causado apreensão entre os cafeicultores, “tendo em vista que este é um período de desenvolvimento final da temporada”.

    Os pesquisadores ainda pontuam que a produção da safra 2025/26 já foi prejudicada pelo calor e pela seca em boa parte de 2024. Assim, apesar de as chuvas recentes trazerem otimismo, as temperaturas elevadas nos próximos dias serão determinantes para o resultado final.

    “O excesso de calor, além de desfavorecer a qualidade do produto – já que a planta precisa de noites amenas para uma boa bebida –, pode secar os grãos antes da colheita, impactando negativamente a safra 2025/26”, diz o texto.

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