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    Preço de alimentos, como carne e leite, deve recuar nos próximos meses, diz FGV

    Em outubro, os alimentos apresentaram declínio no índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA). Segundo economista da Fundação Getúlio Vargas, a volta da chuva influenciou no cenário

    Mylena Guedes e Camille Coutoda CNN , no Rio de Janeiro

    Nos próximos meses, os consumidores devem sentir um alívio no bolso ao fazerem compras no supermercado.  De acordo com o economista da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, a previsão é de uma deflação nos alimentos como carne bovina, leite e frango.

    A queda nos valores dos itens básicos da cesta dos brasileiros já foi sentida no índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) de outubro, divulgado na segunda-feira (08) pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV). Dos cinco principais itens em queda na inflação, todos eram alimentos, incluindo carne bovina (-7,71%), milho em grão (-4,45%), soja (-0,38), feijão (-4,79%) e leite industrializado (-4,01%). Segundo Braz, a volta das chuvas influenciou no declínio.“

    “A queda nos preços desses alimentos aos produtores antecipa a possível deflação no varejo, aos consumidores finais. A volta das chuvas faz a agricultura ter previsões mais otimistas para o futuro das safras, além de ajudar na recuperação dos pastos, usado para a alimentação dos gados. Com isso, o pecuarista consegue engordar o gado só deixando ele solto, com custo reduzido de rações. Esse cenário melhora a oferta de carne e de leite”, explica.

    Ainda de acordo com o economista, outro fator é o embargo na exportação da carne bovina. Durante quase dois meses, a China vetou a compra da carne brasileira, depois da confirmação de casos de doença da “vaca louca”.

    “A queda de braço estava no volume das exportações. Mas isso caiu por terra, a China já liberou a compra, porque o real está desvalorizando muito frente ao dólar, então é uma oportunidade de comprar barato”, afirma.

    Apesar da deflação, Braz destaca que o consumidor não pode comemorar tanto. Isso porque os itens sofreram diversas altas consecutivas.

    “No momento, qualquer queda no preço é bem-vinda a todos os consumidores, principalmente itens importantes. Mas, após tantas altas, esse declínio pode não se destacar tanto”, diz o economista.

    Por outro lado, combustível deve ser o destaque da inflação. Ao contrário dos alimentos, o combustível deve ser o destaque da inflação no mês de novembro. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), também divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE-FGV) aponta alta de 10,24% no óleo diesel e 2,73% da gasolina em outubro.

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