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    Por que pode ser uma boa ideia esperar para comprar iPhone e Apple Watch

    Com o provável lançamento do iPhone 13 na semana que vem, fica a dúvida: é a hora de comprar um smartphone da Apple ou melhor esperar?

    Tamires Vitoriodo CNN Brasil Business , em São Paulo

    A Apple deve lançar o novo iPhone em seu evento tradicional no dia 14 de setembro, bem como uma nova família de relógios inteligentes, os Apple Watch. E, justamente por conta desses lançamentos, talvez seja melhor esperar um pouco para comprar um smartphone ou smartwatch da gigante de tecnologia.

    Isso porque é provável que os novos dispositivos deixem os antigos mais baratos, ficando a critério do consumidor a decisão de comprar um aparelho recém-lançado ou de investir em uma versão mais velha por um preço mais em conta.

    É quase histórico: geralmente quando um novo modelo de iPhone é lançado, o anterior fica mais barato — mesmo que só um pouco. Mas vale dizer que, ainda que essa redução ocorra, não será exatamente após o lançamento, pode levar semanas, ou um par de meses, para esse efeito se concretizar.

    Em 2016, quando o iPhone 7 foi lançado, o último celular da Apple com a opção de memória de 32 gigabytes, seu valor era de R$ 3.499.

    O iPhone 8, por exemplo, foi lançado em setembro de 2017 e chegou ao Brasil com o preço sugerido de R$ 3.999 — o que fez com que o 7 ficasse R$ 300 mais barato logo após o lançamento do 8 no país, indo para R$ 3.199.

    A mesma redução aconteceu em setembro de 2018, poucos dias após o lançamento do iPhone XR, o modelo 8, até então top de linha, caiu para R$ 3.284,99.

    O modelo XR, por sua vez, começou a ser comercializado a partir de R$ 5.199 (64GB). Passado um mês do lançamento de seu sucessor, o iPhone 11, em 2019, o valor do XR caiu para R$ 4.299.

    Em 2020 já foi o contrário. Com o lançamento do iPhone 12, imediatamente após o evento os modelos anteriores 11 e XR acabaram tendo uma elevação de preço considerável aqui no Brasil.

    A versão de 64 gigabytes do 11 foi de R$ 4.999 para R$ 5.699, cerca de um mês após o anúncio do iPhone 12. Já o XR saiu de R$ 4.299 para R$ 4.999. Nos Estados Unidos, no entanto, ambos smartphones passaram por uma queda de preço de cerca de US$ 100.

    Agora, às vésperas do provável anúncio do iPhone 13, o mesmo iPhone 11 de 64GB está custando cerca de R$ 3.869, enquanto o XR, com a mesma capacidade de memória, pode ser encontrado por até R$ 2.500. O iPhone 12, que chegou custando R$ 7.999, agora custa cerca de R$ 5.500.

    Mesmo com os preços já mais baixos, talvez seja melhor esperar: eles podem cair ainda mais depois da próxima segunda-feira (14).

    A tendência é que as lojas tentem se livrar dos estoques dos celulares, uma vez que a fabricação dos mais antigos (como é o caso do iPhone 11) pode ser descontinuada.

    O ideal, segundo Karen Haslam, editora do site Macworld.uk, especializado na cobertura dos produtos Apple, é “esperar de um a dois meses depois do lançamento, para que a demanda e a oferta entrem em equilíbrio e para que problemas com os novos celulares sejam identificados e (esperançosamente) arrumados”.

    Mesmo assim, a queda nos preços não deve ser tão grande por alguns fatores.

    Em um ranking divulgado no começo deste ano, o site BankMyCell, afirmou que o iPhone desvaloriza duas vezes menos que um celular com o sistema operacional Android.

    A desvalorização dos celulares com o sistema operacional do Google foi de 33,6%. A dos smartphones da Apple, de apenas 16,7%. Os dados são referentes ao ano de 2020.

    Enquanto o Galaxy S20, da Samsung, desvalorizou 34,7% desde o seu lançamento, no ano passado, o iPhone 11 caiu apenas 12,8% desde 2019, sendo que a versão Pro do celular da maçã foi a que mais viu seu preço cair, desvalorizando 21,3%. O iPhone pode perder 45,4% do seu valor de venda em dois anos. O Android, 71,4%.

    Outra situação que pode acabar impactando nos preços é a escassez de chips para aparelhos eletroeletrônicos — tanto do iPhone quanto do Apple Watch.

    Para Fabro Steibel, diretor-executivo do Instituto de Tecnologia & Sociedade do Rio de Janeiro (ITS), isso deve afetar “a expectativa de vendas e de evolução”. “A linha de Macbooks no ano passado ganhou o M1 [chip da Apple], que tem se expandido, mas para esse evento agora é meio cosmético ou esperado o que está vindo. Não deve ter muitas novidades”, explica.

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