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    Política de preços da Petrobras deve ser discutida de “forma estrutural”, diz ministro à CNN

    Questionado sobre o impacto dos preços do querosene sobre as passagens aéreas, Silveira defendeu "maior transparência" das companhias quanto a seus custos

    Daniel RittnerDanilo Moliternoda CNN , Brasília

    Ao ser questionado sobre o impacto dos preços do querosene de aviação (QAV) sobre as passagens aéreas, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a política de preços de combustíveis da Petrobras deve ser revisada “de forma mais estrutural”.

    “Acho que é necessário rever essas questões, mas de uma forma mais — vamos dizer assim — mais estrutural e menos pontual”, disse em entrevista à CNN nesta quarta-feira (19).

    “Eu acho que a política de preços de uma empresa de capital aberto — que concorre no mercado com outras grandes petroleiras, inclusive com competitividade interna na questão dos refinados, porque foram vendidas refinarias —, ela tem que discutir uma política de preços global”, afirmou.

    Companhias aéreas indicam que os valores do QAV, quando em alta, pressionam seus custos e geram aumento nos preços das passagens. O Brasil produz mais de 90% do querosene de aviação que consome.

    Silveira concordou que o impacto gerado pelo preço do querosene é “substancial”, mas criticou os valores atuais das passagens e defendeu que as companhias sejam “mais transparentes quanto a seus custos”.

    Ministro defende refinarias

    Ainda durante a entrevista, Alexandre Silveira defendeu a valorização das refinarias nacionais e a capacidade do Brasil para se tornar autossuficiente na produção de gasolina e diesel.

    “Vamos valorizar o conteúdo local, a modernização das nossas refinarias, para que possamos não só exportar óleo cru, mas também nos tornar autossuficientes no refino de gasolina. Temos toda a condição de nos tornarmos autossuficientes na gasolina e, no médio prazo, também no diesel”, disse.

    Silveira destacou que o governo “respeita a governança da Petrobras”, mas disse que o Brasil não pode ficar “à mercê do grande cartel da Opep”. O grupo internacional anunciou recentemente corte na produção de petróleo, com objetivo de alavancar seus preços.

    Ao defender a valorização do patrimônio da estatal, o ministro criticou a política de desinvestimentos implementadas nos governos anteriores. “Foi um grave erro [a política de desinvestimento], para não dizer um ataque à soberania nacional. Não se justifica”, disse.

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