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    Desemprego recua a 6,4%, menor patamar do 3º trimestre na série histórica

    Brasil tem 7 milhões de pessoas desocupadas; dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua

    Vitória Queirozda CNN , Brasília

    A taxa de desocupação no Brasil atingiu 6,4% no terceiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 7 milhões de pessoas desocupadas, conforme dados publicados nesta quinta-feira (31).

    Este é o menor patamar para o período encerrado em setembro desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012.

    O percentual de desocupação é a segundo da série histórica da Pnad Contínua, só perdendo para o trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

    A taxa do terceiro trimestre recuou 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado (7,7%) e caiu 0,5 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (6,9%), encerrado em junho de 2024.

    A população desocupada recuou 7,2% no trimestre (menos 541 mil pessoas) e 15,8% em 12 meses (menos 1,3 milhão de pessoas). Segundo o IBGE, é o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

    A população ocupada alcançou 103 milhões no 3° trimestre, maior número da série histórica, iniciada em 2012. É uma alta de 1,2% em relação aos três meses anteriores (1,2 milhão de pessoas) e de 3,2% no ano.

    De acordo com o IBGE, o nível de ocupação, isto é, percentual de pessoas ocupadas com idade para trabalhar, alcançou 58,4% no período. Subiu 0,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e cresceu 1,3 pontos percentuais no ano. A taxa de ocupação também alcançou o maior nível da série histórica, iniciada em 2012.

    Subutilização

    A taxa de subutilização — referente às pessoas que estão desempregadas, trabalham menos do que poderia ou não procuram emprego mesmo estando disponível para trabalhar — foi de 15,7%. É a menor taxa para o terceiro trimestre desde 2014.

    No período, o Brasil somava 18,2 milhões de pessoas subutilizadas. Recuou nas duas comparações: -4,4% (menos 834 mil) no trimestre e -9,8% (menos 2,0 milhões) no ano.

    A população desalentada — pessoas que não procuram emprego porque avaliam que não vão conseguir — ficou estável na comparação trimestral, alcançando 3,1 milhões. É o menor resultado desde 2016, quando o Brasil contabilizada 3 milhões de pessoas nesse perfil.

    Segundo o IBGE, o percentual de desalentados (2,7%) foi o menor desde o trimestre encerrado em março de 2016, recuando 0,1 p.p. no trimestre e 0,4 p.p. no ano.

    Mercado de trabalho

    No trimestre encerrado em setembro, o Brasil contabilizou 53,3 milhões de pessoas trabalhando no setor privado, maior resultado para a série histórica. Cresceu 2,2% (1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 5,3% (2,7 milhões de pessoas) no ano.

    No recorte de empregados do setor privado com carteira assinada, o Brasil registrou 39 milhões, alta de 1,5% no trimestre e de 4,3% no ano. É um recorde para o período.

    Já o montante de empregados sem carteira assinada no setor privado também foi recorde e somou 14,3 milhões no período. É uma alta de 3,9% (mais 540 mil pessoas) no trimestre e de 8,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no ano.

    O Brasil registrou 25,4 milhões de trabalhadores por conta própria e 5,9 milhões de trabalhadores domésticos. O número de empregados no setor público foi alcançou 12,8 milhões.

    De acordo com o IBGE, a taxa de informalidade foi de 38,8% da população ocupada, com 40 milhões. A taxa era de 38,6% no trimestre encerrado em junho e de 39,1% no mesmo período do ano passado.

    O rendimento real habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.227. A massa de rendimento real habitual (R$ 327,7 bilhões) não teve variação significativa no trimestre e cresceu 7,2% (mais R$ 22,0 bilhões) no ano.

    Vagas formais sobem 21% em setembro, diz Caged

    Na véspera, dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostraram que o país criou 247 mil vagas formais de trabalho em setembro, alta de 21% ante o mesmo período de 2023.

    O saldo foi resultado de  2,16 milhões de contratações e 1,91 milhão de demissões, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

    No acumulado do ano, foram criados 1,98 milhão de empregos formais, enquanto nos últimos 12 meses (outubro de 2023 a setembro de 2024) o valor soma 1,83 milhão.

    Todas as 27 unidades da federação registraram um saldo positivo em setembro, com destaque para São Paulo (57 mil), Rio de Janeiro (19 mil) e Pernambuco (17 mil).

    Segundo o ministro do trabalho, Luiz Marinho, a expectativa é de terminar o ano com um saldo positivo de 2 milhões.

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