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    Plano do ONS estima mais de R$ 23 bilhões para o setor elétrico até 2026

    Cerca de 70% do total será destinado para novas obras; MG é o estado que mais receberá recursos: quase R$ 10 bi

    Iuri CorsiniStéfano Sallesda CNN Rio de Janeiro

    Os investimentos previstos pelo governo para o setor elétrico nos próximos quatro anos são de R$ 23,9 bilhões. Desse montante, R$ 19,3 bilhões serão empregados em novas obras até 2026.

    As informações foram divulgadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo, do Sistema Interligado Nacional (SIN). Minas Gerais será o destino do maior volume de investimentos e a previsão é que receba mais da metade do valor: R$ 9,9 bilhões.

    Os recursos são para a ampliação da rede de transmissão entre os estados que fazem parte do SIN. Ela serve para garantir fornecimento de excedente de energia de uma região do país para outra, de maneira a garantir aproveitamento dos recursos gerados e manter abastecimento elétrico para áreas que enfrentem momentos de escassez.

    Ao longo de 2021, por exemplo, foram frequentes as transferências dos excedentes de eólica, do Nordeste, para o Sudeste, região que mais sofreu com os impactos da crise hídrica.

    Os outros estados mais beneficiados pelos investimentos são Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Maranhão, que vão receber valores entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,4 bilhões para cada um. O somatório dos valores desses estados com o de Minas Gerais soma mais de 75% do total.

    Segundo o ONS, a implementação das novas linhas de transmissão em Minas Gerais possibilitará ainda o fim da sobrecarga nas redes. O órgão federal também destacou o elevado potencial do estado para a implementação de plataformas de geração de energia solar.

    “As ampliações de empreendimentos devem ocorrer principalmente no Norte mineiro, devido à elevada atratividade da região para implantação de projetos de energia solar, mas também perpassam as cidades de Governador Valadares, Pirapora, Montes Claros, Vespasiano, Itabirito e Santos Dumont”, diz trecho do plano divulgado.

    O conjunto das obras estimadas no país até 2026 representa quase oito mil quilômetros de novas linhas de transmissão e acréscimo de capacidade transformadora em subestações novas e existentes suficiente para atender até cerca de 20 milhões de consumidores domésticos.

    Outro ponto destacado no plano é a previsão de crescimento percentual classificado como “muito expressivo” da energia solar fotovoltaica no país que, segundo o ONS, deverá dobrar sua capacidade instalada até 2025.

    Atualmente, a fonte é responsável por 2,6% do SIN, oferecendo 4.509 MW.

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