Pico de pressão internacional sobre os combustíveis pode ter passado, diz especialista
Entretanto, economista alerta para a possibilidade de os preços voltarem a subir, já que estão atrelados ao cenário global
Em entrevista, nesta sexta-feira (22), o especialista CNN em Economia, Aod Cunha, avaliou que o ápice da pressão internacional sobre os preços dos combustíveis “pode ter passado”.
“Existe alguma sinalização de que a pressão sobre os preços dos combustíveis talvez não seja mais tão forte, principalmente, por conta do cenário internacional que sinaliza uma desaceleração de atividade econômica. Isso vai afetar o preço do petróleo, como já temos visto”, explica.
No entanto, Cunha alertou que nada é totalmente garantido, já que o ambiente internacional ainda é muito incerto. Para o especialista CNN, caso mudanças aconteçam, os preços podem voltar a subir.
“Estamos falando sobre combustíveis, é um derivado do petróleo, portanto, tem a cotação atrelada à oferta e demanda mundial por essa commoditie, e também às oscilações da taxa de câmbio [no caso do Brasil]. Então, quando oferta e demanda mundial, seja por conta das economias estarem crescendo mais ou menos, ou por conta de uma guerra como na Ucrânia, que restringe a oferta de petróleo… tudo isso vai afetar o preço, não tem como controlar”, afirmou.
Segundo Cunha, governos de vários países têm tentado amortizar o preço dos combustíveis, dado que eventos mundiais, como a guerra na Ucrânia, e uma perspectiva de recessão causaram o aumento do preço dos derivados de petróleo.
O Especialista CNN afirmou que os países podem também subsidiar a diferença entre a média global e o valor nacional, ou diminuir impostos, como observado na recente redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis em estados brasileiros.
Por fim, sobre as trocas de comando realizadas na Petrobras, Cunha avalia que o governo conseguiu alocar representantes mais alinhados com suas políticas. No entanto, o economista alertou que a União não pode realizar todo o tipo de que pretende para a estatal.
“Precisamos lembrar que a Petrobras está sujeita a uma série de regulamentos, é uma empresa listada em bolsa, tem investidores minoritários, está sob a regulação da CVM. Então seus dirigentes não podem simplesmente fazer o que o governo quer”, conclui.
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