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    PIB, inflação, desemprego: veja os dados econômicos dos países do G20

    Grupo reúne as 20 maiores economias do planeta, e é possível encontrar divergências entre eles em vários indicadores

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business* , em São Paulo

    Acontece neste final de semana a chamada cúpula do G20. Líderes de 19 países e da União Europeia se reúnem na cidade de Roma, na Itália, para discutir temas ambientais e ligados à pandemia de Covid-19.

    Segundo o próprio G20, a organização representa atualmente 80% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, 75% do comércio mundial e 60% da população.

    Apesar disso, cada país possui suas particularidades quando o assunto é desemprego, PIB, desigualdade ou inflação. O CNN Brasil Business reuniu os dados econômicos de cada membro do G20, assim como as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2021 feitas em outubro deste ano.

    É possível ver os dados separadamente de cada país clicando no nome no topo do gráfico.

    PIB

    Um dos indicadores mais tradicionais da economia, o PIB (Produto Interno Bruto) representa a soma de toda a riqueza produzida em um país em um determinado período. O PIB costuma ser calculado trimestralmente e anualmente, mostrando o desempenho e a situação econômica de um país.

    Mesmo representando as maiores economias do planeta, há grandes diferenças internas no G20. Os três membros com os maiores PIBs são os Estados Unidos (US$ 20,893 trilhões em 2020), União Europeia (US$ 15,263 trilhões) e China (US$ 14,866 trilhões), segundo dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) considerando 2020.

    Os menores PIBs são os da Argentina (US$ 389 bilhões), Arábia Saudita (US$ 700 bilhões) e África do Sul (US$ 335 bilhões).

    PIB per capita

    Uma vez calculado, o PIB pode ser dividido pela população total do país, dando origem a um novo indicador: o PIB per capita. Ele dá um indicativo de qual seria a “renda média” do país.

    Isso não significa, porém, que toda a população receba um valor próximo a ele, já que questões ligadas à desigualdade afetam essa distribuição de renda. Questões demográficas, como o tamanho da população, também acabam influenciando no indicador.

    Os Estados Unidos lideram o ranking, com US$ 63,358 mil em 2020, seguido pela Austrália. Já na parte mais baixa está a Índia, com US$ 1,229 mil. O Brasil está entre os cinco países com menor PIB per capita.

    Inflação

    Ainda vista por muitos como a grande vilã da economia, a inflação representa uma alta nos preços em um país em um determinado período. Uma inflação alta reduz o poder de compra da população e pode resultar em uma crise econômica.

    Ao mesmo tempo, se não há inflação, mas sim deflação (queda nos preços) muito intensa, a economia pode estar passando por um encolhimento.

    Dentro do G20, os maiores destaques para taxas de inflação negativa, ou seja, deflação, são a Arábia Saudita (-2,09% em 2019, último ano em que o FMI teve acesso aos dados) e o Japão, que já ficou conhecido pelos seus longos períodos deflacionários.

    Atualmente, a Argentina possui a maior inflação do G20 (42,02% em 2020), mas o FMI não calculou a inflação em 2014, 2015 e 2016, e não divulgou projeção para 2021. Ela é seguida pela Turquia (12,28%). Se as projeções do FMI se confirmarem, o Brasil deve ficar na terceira posição em 2021, com 7,7%.

    Desemprego

    Outro importante indicador para qualquer país é a taxa de desemprego. Ela indica a parcela da população que tem vontade de trabalhar, está procurando emprego ou tem condições de trabalhar, mas está desempregada.

    Dentro do G20, o país com a maior taxa de desemprego é a África do Sul (29,18% em 2020), seguida do Brasil (13,50%), da Turquia (13,15%) e da Itália (11,55%).

    Como a metodologia de cálculo do FMI é diferente da metodologia empregada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego que a instituição informa, difere da considerada oficial no país, que está em 13,2% até agosto de 2021.

    Dívida bruta

    Muitas vezes, um país não tem dinheiro para arcar com um determinado custo, ou precisa de verbas adicionais para a implementação de um projeto planejado. Nesses casos, o governo toma um empréstimo, contraindo uma dívida.

    A forma mais comum de calcular essa dívida é relacionando ao PIB, com isso, fala-se que um país tem, por exemplo, uma dívida que corresponde a 130% do PIB.

    Nesses casos, considera-se a chamada dívida bruta, ou seja, tudo que o país precisa pagar. O indicador costuma ser referência para as agências de classificação de risco, que define a atratividade de investimentos em um país.

    A maior dívida bruta do G20 é a do Japão, que chegou a 254,13% do PIB em 2020. Ele é seguido da Itália e dos Estados Unidos. A Rússia e a Arábia Saudita possuem as menos dívidas brutas, com 19,28% e 32,54%, respectivamente. Em agosto deste ano, a dívida bruta do governo brasileiro foi o equivalente a 82,7% do PIB.

    Desigualdade

    Se o PIB per capita não é a melhor forma de medir a desigualdade em um país, então, qual é? Foi pensando nisso que surgiu o Índice de Gini.

    Ele vai de 0 a 100, e quanto mais próximo do 100, mais desigual é a distribuição de riqueza em um país, ou seja, uma quantidade pequena de pessoas detém uma porcentagem grande da riqueza do país.

    O índice não é calculado anualmente em todos os países, o que dificulta comparações. O ano mais recente com cálculos envolvendo a maioria dos países do G20 é o de 2014. Não foram calculados naquele ano os índices do Japão (32,9 pontos em 2015) e Índia (35,7 pontos em 2011, última medição).

    A Arábia Saudita não informa os dados necessários para calcular o índice, assim como a União Europeia. Baseado em 2014, a África do Sul tem a maior desigualdade, seguida por Brasil, México, Argentina e Estados Unidos. Alemanha, França, Coreia do Sul e Canadá tem os melhores números.

    *Sob supervisão de Thâmara Kaoru

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