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    Petróleo fecha em queda, com decisão do Fed, Opep e estoques dos EUA no radar

    Commodity chegou a subir logo cedo, mas inverteu o sinal após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manter os níveis atuais de produção

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quarta-feira (1º). A commodity chegou a subir logo cedo, mas inverteu o sinal após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manter os níveis atuais de produção. As baixas se estenderam depois que o relatório semanal do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) mostrou alta nos estoques dos EUA na última semana, mas finalizaram o dia no negativo, mesmo reduzindo perdas após decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

    O petróleo WTI para março fechou em queda de 3,12% (US$ 2,46), em US$ 76,41 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril recuou 3,07% (US$ 2,62), a US$ 82,84 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    O petróleo chegou a reduzir parte das perdas após a decisão de juros do Federal Reserve (Fed), de aumentar em 25 pontos-base (pb) os Fed Funds, a 4,50% e 4,75%, mas o pouco fôlego não foi suficiente para levar a commodity ao território positivo.

    O Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial (JMMC, na sigla em inglês) da Opep informou em comunicado, após se reunir nesta quarta, que recomendou a manutenção da política atual de produção de seus integrantes. O acordo atual deve vigorar até o fim deste ano, lembrou o texto. A decisão veio conforme a expectativa dos mercados, mas houve piora dos contratos depois da notícia.

    O movimento de baixa do óleo se estendeu após o relatório semanal do DoE. Os estoques de petróleo dos EUA cresceram 4,14 milhões de barris na semana, ante previsão de estabilidade dos analistas consultados pelo Wall Street Journal.

    O Julius Baer comenta que um avanço nos preços dos contratos visto mais cedo neste ano parece ter perdido fôlego. A reabertura da China animou os mercados, mas os impactos nos fundamentos podem ter sido mais contidos, considera o banco. Com a produção crescendo, riscos políticos e a demanda estagnada no Ocidente, o Julius Baer acredita que o quadro aponta para preços mais baixos no mais longo prazo. “A reabertura da China parece ter perdido um pouco de sua influência no mercado de petróleo”, diz o banco.

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