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    Petróleo fecha em alta com maior apetite por risco e recuo do dólar

    Petróleo WTI para junho fechou em alta de 1,53% (US$ 1,07), em US$ 71,11 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex)

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros de petróleo registraram ganho, nesta segunda-feira (15). Houve recuperação, após quatro semanas consecutivas de perdas, apoiada por um maior apetite por risco em geral nesta sessão. Além disso, o dólar recuou, o que tende a apoiar a demanda por investidores que detêm outras divisas.

    O petróleo WTI para junho fechou em alta de 1,53% (US$ 1,07), em US$ 71,11 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho avançou 1,43% (US$ 1,06), a US$ 75,23 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    Os contratos já exibiam ganhos no início do dia, após a sequência recente negativa fruto de dúvidas sobre o fôlego econômico global e a consequente demanda mais fraca. Mais adiante, houve maior impulso, com ganhos que chegaram a 2%, em quadro de maior apetite por risco. Os ganhos ainda diminuíram, mas o sinal positivo se sustentou.

    Na agenda de indicadores, o índice de atividade industrial Empire State recuou a -31,8 em maio nos EUA, quando analistas previam queda bem menor, a -3,5, de 10,8 em abril. As dificuldades no diálogo para elevar o teto da dívida do governo federal também seguem em foco no país.

    Para a Oanda, ainda há dúvidas se o petróleo pode sustentar o fôlego. Em comentário a clientes, ela questiona se poderia haver uma recuperação total dos contratos sem outra intervenção para reduzir a oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

    Ainda assim, caso as condições de crédito fiquem mais relaxadas nos próximos meses, com menores temores sobre a economia dos EUA, os preços da commodity poderiam reagir sem assistência, “mas isso parece um pouco prematuro neste momento”, avalia.

    A Oanda vê como marca importante o nível de US$ 78 o barril para o Brent, “que representa tanto a tendência de baixa de dezembro a março quanto o pico da semana passada”.

    O TD Securities, por sua vez, considera que os mercados de energia ajustaram parte da preocupação com a oferta relacionada às exportações do Irã e ao não cumprimento pela Rússia do acordo da Opep+.

    O banco de investimentos acredita, contudo, que sinais da demanda “continuam a se deteriorar”, com os preços ainda vulneráveis à piora na demanda no curto prazo. Ainda assim, o TD Securities acredita que o quadro geopolítico e a expectativa por aumento na demanda da China ainda neste ano devem manter os preços apoiados.

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