Petróleo fecha em alta, após dia de oscilações com Opep e Ômicron
Os futuros do Brent fecharam em alta de 0,80 dólar, ou 1,2%, a US$ 69,67 o barril após tocar a mínima de US$ 65,72 no dia


Os preços do petróleo subiram mais de 1% nesta quinta-feira (2), depois de uma gangorra que viu as marcas de referência oscilarem em uma faixa de cinco dólares depois que a Opep+ surpreendeu os mercados ao seguir seus planos de aumentar a produção lentamente.
Os futuros do Brent fecharam em alta de 0,80 dólar, ou 1,2%, a US$ 69,67 o barril após tocar a mínima de US$ 65,72 no dia, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (WTI) avançaram 0,93 dólar, ou 1,4%, para US$ 66,50, após tocar a mínima de US$ 62,43.
O mercado vendeu drasticamente depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como Opep+, causaram surpresa ao seguir os planos de aumentar a produção mensal em 400 mil barris por dia.
Foi o mais recente de uma série de eventos que fizeram com que o petróleo caísse violentamente, tendo perdido 24% nas últimas três semanas.
Os futuros do petróleo reconstruíram a alta no final do dia, mas a combinação de incerteza em torno da variante Ômicron, esforços dos governos para conter a maré de novas infecções e expectativas de mais oferta manteve os traders em alerta.
“Os mercados estão tentando digerir tantas notícias”, disse Rebecca Babin, trader sênior de energia da CIBC Private Wealth US. “É como uma cobra comendo um pônei.”
- 1 de 9
O petróleo é considerado uma commodity. O termo se refere a recursos finitos que têm origem na natureza e são comercializados. No caso, o petróleo é usado principalmente como combustível, mas também dá origem a materiais como o plástico • REUTERS/Vasily Fedosenko
- 2 de 9
O petróleo pode ser de vários tipos, dependendo principalmente do seu grau de impureza. Os dois principais, Brent e WTI, são leves (pouco impuros), e a diferença se dá pelo local de negociação: bolsa de Nova York no caso do Brent e bolsa de Londres no caso do WTI • Instagram/ Reprodução
- 3 de 9
Os preços do petróleo seguem uma cotação internacional, e flutuam pela oferta e demanda. No Brasil, o preço de referência adotado pela Petrobras - maior produtora no país - é do Brent, seguindo a cotação internacional, em dólar • REUTERS
-
- 4 de 9
Quando se fala da comercialização de petróleo, um fator importante é a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Com 13 membros, ela é responsável por quase 50% da produção mundial de petróleo, e portanto consegue regular a oferta - e preços - pelos fluxos de produção • Reuters/Dado Ruvic
- 5 de 9
A partir de 2020, os preços do petróleo foram afetados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. A Opep+ (que inclui países aliados do grupo, como a Rússia) decidiu cortar a produção temporariamente devido à baixa demanda com lockdowns, e os preços caíram. A média em 2020 foi US$ 40, distante da de anos anteriores, entre US$ 60 e US$ 70 • REUTERS
- 6 de 9
Em 2021, porém, o cenário mudou, com o avanço da vacinação, os países reabriram rapidamente, e a demanda por commodities decolou, incluindo pelo petróleo. A Opep+, porém, decidiu manter os níveis de produção de 2020, e a oferta baixa fez os preços saltaram, ultrapassando US$ 80 • REUTERS/Nick Oxford
-
- 7 de 9
Já em 2022, a situação piorou. A guerra na Ucrânia, e as sanções ocidentais a um dos maiores produtores mundiais da commodity, a Rússia, fizeram os preços dispararem, ultrapassando os US$ 120. Atualmente, o barril varia entre US$ 100 e US$ 115 • 03/06/2022REUTERS/Angus Mordant
- 8 de 9
A alta dos preços do petróleo, porém, trouxe consequências negativas para o Brasil. Como a Petrobras segue a cotação internacional e o dólar está valorizado ante o real, ela subiu o preço nas refinarias, o que levou a uma elevação da gasolina e outros combustíveis. Até o momento, o preço da gasolina já subiu 70% • REUTERS/Max Rossi
- 9 de 9
A alta do petróleo não afetou só o Brasil. Países dependentes da commodity, como EUA, Índia e Reino Unido, também viram os preços dos combustíveis subirem, e têm tentado pressionar a Opep+ a retomar os níveis de produção pré-pandemia, o que tem ocorrido lentamente enquanto a organização aproveita para se recuperar das perdas em 2020 • Reuters
-