Petrobras eleva diesel em 4% e gasolina em 5% a partir de terça-feira
Este é o segundo aumento do mês, após uma redução de 2% no preço da gasolina da Petrobras, anunciada no início de dezembro
A Petrobras elevará em 4% o preço médio do diesel em suas refinarias e em 5% o da gasolina a partir de terça-feira (29), informou a companhia nesta segunda-feira, por meio da assessoria de imprensa.
Com a alta de 4%, o preço médio do combustível mais vendido do Brasil passará a ser de R$ 2,02 por litro. No acumulado do ano, a redução do valor é de 13,2%, segundo informou a Petrobras.
Já o preço médio da gasolina da Petrobras para as distribuidoras será de R$ 1,84 por litro, acumulando no ano redução de 4,1%.
Apesar da alta das cotações dos combustíveis da Petrobras na terça-feira, especialistas apontam a permanência de uma defasagem ante a paridade de importação.
Este é o segundo aumento deste mês, após uma redução de 2% no preço da gasolina da Petrobras, anunciada no início de dezembro. Naquela oportunidade, o diesel ficou estável.
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No dia 15 de dezembro, no entanto, a Petrobras informou que o preço do diesel em suas refinarias aumentaria 4% em média, e a cotação da gasolina teria alta de 3%. Agora, a empresa parte para o segundo aumento.
Em novembro, o preço da gasolina também teve duas altas seguidas, de 4% e 6%.
“Faz cerca de três semanas que a Petrobras trabalha com defasagem de mais de 10 centavos em relação ao mercado internacional e segue bem próxima a esse nível mesmo com o ajuste de hoje”, afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.
“O ajuste atual foi menos da metade do necessário para termos paridade de importação”, acrescentou ele, comentando que tem havido atrasos nos repasses da alta do petróleo para os combustíveis da Petrobras.
O presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, também ressaltou a defasagem nos preços ante ao mercado externo e frisou que “as importações por agentes privados continuam inviabilizadas”.
A Petrobras defende que seus preços seguem a chamada paridade de importação, impactada por fatores como as cotações internacionais do petróleo e o câmbio.
O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.
(Com Reuters)
*Com supervisão de Natália Flach
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