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    Petrobras anuncia investimento de R$ 2,5 bilhões em refinaria de SP

    Companhia fará nova unidade de hidrotratamento de diesel, com capacidade para produzir até 10 milhões de litros diários do combustível

    Stéfano Sallesda CNN Rio de Janeiro

    A Petrobras detalhou nesta quinta-feira (12) um pacote de investimentos de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões) na Refinaria de Paulínia (Replan), para aumentar a produção e aumentar a eficiência energética da maior refinaria da empresa em capacidade de processamento de petróleo.

    O anúncio ocorre na data em que a unidade completa 50 anos de existência.

    Segundo a Petrobras, a Replan tem capacidade para processar 434 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a 20% do processamento de todas as unidades de refino da companhia, o que faz da refinaria do interior paulista a maior do gênero no país.

    A maior parte do investimento, cerca de US$ 458 milhões (R$ 2,2 bilhões) será para a construção de uma unidade de hidrotratamento de diesel, com capacidade para produzir até 10 milhões de litros de óleo diesel S-10 por dia.

    O contrato foi assinado na última segunda-feira (9), com um consórcio formado pelas empresas TSE e Toyo.

    O investimento está previsto no Plano Estratégico 2022-2026 da companhia. A previsão é que a nova unidade entre em operação em 2025.

    O aporte envolve US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) para adequação da Replan ao Refino de Classe Mundial (RefTOP), programa que pretende tornar a Petrobras uma das melhores refinadoras do mundo.

    Outros US$ 90 milhões (R$ 1,5 bilhão) serão empregados pela companhia em projetos para geração de valor, melhora de eficiência energética e aumento da disponibilidade operacional da refinaria, o que inclui o uso intensivo de tecnologias digitais.

    A Petrobras estima que a estrutura gere três mil novos empregos, além de outros três mil indiretos durante a realização da obra.

    O parque brasileiro de refino não produz combustíveis em quantidade suficiente para atender à demanda do mercado interno.

    Em 2021, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o país importou 23,24% do diesel utilizado e 8,43% da gasolina.

    A falta de autossuficiência nos derivados de petróleo tem sido apontada por alguns especialistas como justificativa para manutenção da política de paridade de preço internacional.

    O fato, no entanto, está associado aos recentes reajustes nos preços dos combustíveis, suscetíveis a flutuações do mercado internacional e variações cambiais.

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