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    “Peço paciência aos críticos da política fiscal”, diz presidente do Bradesco

    Declaração de Luiz Carlos Trabuco foi dada durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, conhecido como Conselhão

    Diego Mendesda CNN , São Paulo

    O presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, pediu “paciência” aos críticos da política fiscal e destacou que as prioridades devem ser o crescimento e a inclusão social do país

    Trabuco foi um dos participantes da reunião, nesta quinta-feira (4), do “Conselhão”, como é chamado o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS).

    “Apelamos por uma visão flexível, pedimos paciência aos críticos e observadores da nossa política fiscal monetária; o custo de capital é elevadíssimo, chega a ser proibitivo para indústria, para o comércio, para o agronegócio e para os consumidores”, disse.

    Trabuco pediu uma reflexão aos colegas conselheiros. “Não se trata de esperar pelas condições ótimas, ideais para um ponto de partida. Nós não podemos ficar presos a dogmas.”

    Regra fiscal

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também participou da reunião, apontou a necessidade de que a nova regra fiscal, a ser votada na Câmara dos Deputados na segunda quinzena de maio, segundo ele, seja aprovada, mas destacou que alcançar metas fiscais também depende da colaboração do Congresso Nacional e do Judiciário.

    “Trouxemos a ideia de uma nova regra fiscal, que desse um horizonte de planejamento, permitindo que as desonerações que foram feitas ao longo dos últimos sete anos fossem revistas, para o bem das finanças públicas. Mas a tarefa não é só nossa, dependemos do Congresso e da sensibilidade do Judiciário para alcançar essa meta”, completou.

    O vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, Geraldo Alckmin, ao longo de seu discurso, elogiou o projeto de marco fiscal apresentado pela equipe econômica, chamado por ele de “bem elaborado”, e avaliou que o nível atual do dólar, ao redor de R$ 5, é bom por ser “competitivo”.

    “Para a indústria, câmbio, imposto e juros definem tudo”, declarou o vice-presidente. Alckmin reiterou sua confiança de que a reforma tributária vai avançar no país

    Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet, reiterou que o governo trabalha para conciliar a responsabilidade fiscal com compromisso social para cumprir as promessas de campanha do presidente Lula.

    Na abertura da segunda parte da reunião do Conselhão, no período da tarde desta quinta, ela pediu a colaboração de todos para atingir essa meta e implementar o orçamento participativo, priorizando os vulneráveis.

    “O Ministério do Planejamento voltou e o Conselhão voltou, um braço do planejamento do Brasil. Vamos implantar o orçamento participativo e a indicação do presidente Lula foi taxativa: quero o pobre no orçamento, a primeira infância, o jovem, a diversidade. Aí vem a grande missão que eu peço a colaboração: nos deem suporte para que possamos conciliar a responsabilidade fiscal com compromisso social”, afirmou Tebet.

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