Payroll: Emprego nos EUA cresce acima do esperado em novembro
A economia dos EUA criou 227 mil empregos no mês passado, à medida que a volta de funcionários após greve impulsionou um fluxo constante de ganhos de emprego
O crescimento do emprego aumentou em novembro, uma recuperação esperada depois que furacões e trabalhadores em greve distorceram fortemente os dados de outubro.
A economia dos EUA criou 227 mil empregos no mês passado, à medida que funcionários em greve e paralisados pelo clima voltaram ao trabalho e impulsionaram um fluxo constante de ganhos de emprego, de acordo com dados do Bureau of Labor Statistics divulgados na sexta-feira (6).
A taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,2%.
Economistas previam a criação de 200 mil empregos e uma taxa de desemprego permanecendo em 4,1%, de acordo com estimativas de consenso no FactSet.
Esperava-se que o relatório de novembro fosse um alívio para os empresários, após outubro ter sido prejudicado por perdas temporárias de empregos devido a furacões consecutivos, bem como por uma grande greve trabalhista na Boeing.
Os empregos líquidos adicionados em outubro, que somaram 12 mil na primeira estimativa, foram revisados para cima, para 36 mil — o menor aumento mensal desde dezembro de 2020.
O crescimento de empregos em setembro também foi revisado para cima, em 32 mil, para um novo total de 255 mil empregos, segundo o relatório.
Até novembro, a economia dos EUA criou uma média de 180.363 empregos por mês, o que é um crescimento consideravelmente menor do que o observado durante a recuperação pós-pandemia; no entanto, a média mensal atual está alinhada com o que foi observado entre 2010 e 2019 (o maior período de expansão de empregos já registrado).
E esse mercado de trabalho atual também está se tornando histórico: com os ganhos de novembro, os EUA criaram empregos por 47 meses consecutivos, tornando-se o terceiro maior período de expansão de emprego já registrado.
A saúde do mercado de trabalho — e até que ponto esse arrefecimento é um enfraquecimento total — continua sendo um fator crítico para a economia dos EUA, bem como para o curso futuro da política monetária do Federal Reserve.
A atividade de demissões permaneceu moderada, mas o desemprego tem aumentado. Na verdade, esta é a primeira vez desde 2021 que a taxa de desemprego está acima de 4% por seis meses consecutivos.
A suavidade impulsionada pela demanda exibida na taxa de desemprego “aumenta significativamente as chances de que o Fed faça cortes em dezembro”, disse Stephanie Roth, economista-chefe da Wolfe Research, na sexta-feira.
*Em atualização