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    Paris Airshow volta após 3 anos, com demanda por jatos e transportes futuristas

    Maior evento aéreo do mundo, que alterna com a Farnborough no Reino Unido, está em Le Bourget pela primeira vez em quatro anos depois que a edição de 2021 foi vítima da pandemia

    Por Tim Hepher e Joanna Plucinska, da Reuters

    A Paris Airshow abriu nesta segunda-feira (19) com negociações de pedidos de jatos de última hora e dores de cabeça na cadeia de suprimentos competindo por atenção com fileiras de mísseis, drones e transporte futurista.

    O maior evento aéreo do mundo, que alterna com a Farnborough no Reino Unido, está em Le Bourget pela primeira vez em quatro anos depois que a edição de 2021 foi vítima da pandemia.

    O presidente francês, Emmanuel Macron, voou de helicóptero para o evento e assistiu a uma demonstração de voo do jato A321XLR, da Airbus, e do caça francês Rafale.

    O caça F-35 dos EUA deve voar ainda na segunda-feira.

    A Bélgica disse que irá se candidatar para se juntar como uma observadora ao potencial sucessor do Rafale e da multinacional Eurofighter, o projeto de caça franco-alemão-espanhol FCAS, apesar das diferenças entre os parceiros industriais sobre a possibilidade de expandir o projeto.

    O evento acontece sob a sombra do conflito na Ucrânia, sem a presença russa nos stands e expositores, ao contrário do último evento, quatro anos atrás.

    A expectativa é que algumas autoridades ucranianas e empresas aeroespaciais estivessem presentes.

    A francesa Tales anunciou um contrato com a Indonésia para 13 radares de vigilância aérea de longo alcance.

    Do lado comercial, os fabricantes de aviões chegaram com expectativas crescentes de demanda, à medida que as companhias aéreas correm para atender à demanda e ajudar a atingir as metas da indústria de emissões líquidas zero até 2050.

    Mas eles também enfrentam um desafio para atender a essa demanda, pois os fornecedores lutam com custos crescentes, escassez de peças e falta de mão de obra qualificada após a pandemia.

    Os executivos do setor dizem que até 2 mil pedidos de jatos estão em disputa em todo o mundo em um mercado renascido de jatos comerciais, além dos já anunciados provisoriamente, enquanto as companhias aéreas tentam preencher um vazio deixado por quedas acentuadas na atividade durante a pandemia.

    Apenas uma parte desses novos negócios em potencial estará pronta a tempo para a Airshow desta semana, que pode ter uma mistura de anúncios novos e repetidos, disseram eles.

    A Airbus está pronta para confirmar que a Qantas está exercendo opções para mais nove A220, conforme anunciado pela companhia aérea este ano.

    “O que importa é a carteira de pedidos de fim de ano”, disse Sash Tusa, analista na Agency Partners.

    A Airbus também está perto de um pedido potencialmente grande de jatos de fuselagem estreita da companhia mexicana de baixo custo Viva Aerobus, disseram fontes do setor no domingo.

    O número de aviões em discussão passa de 100, disseram eles, embora algumas fontes tenham dito que o número no acordo final pode se aproximar de 60.

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