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    Para BCE, será mais importante determinar quando compra de ativos terminará

    Segundo dirigente, pandemia mostrou que compras de ativos são instrumento de política monetária indispensável durante crises

    Sergio Caldas, do Estadão Conteúdo

    A dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Isabel Schnabel disse nesta segunda-feira (20) que, à medida que a perspectiva de inflação da zona do euro melhorar, será mais importante determinar quando a instituição concluirá seus programas de compras de ativos, e não quando terá início a gradual redução de aquisições ou o volume que será comprado.

    “É a data final que sinaliza que as condições para um aumento de juros estão se aproximando”, ressaltou Schnabel, em discurso feito durante evento do Banco da Letônia.

    Ela afirmou também que os programas PEPP e APP de compras de ativos continuarão sendo cruciais mais adiante, “pavimentando o caminho para superar a pandemia (de Covid-19) e no sentido de cumprir nossa meta de inflação”. O BCE tem o objetivo de atingir taxa de inflação de 2%, de forma sustentável.

    Segundo Isabel Schnabel, a pandemia mostrou que compras de ativos são um instrumento de política monetária indispensável durante crises.

    As compras, explicou ela, não apenas ajudaram a acalmar os mercados financeiros e a impulsionar a confiança, como também sustentaram a economia da zona do euro e sua perspectiva de inflação.

    Ela disse ainda que os estoques de ativos comprados pelo BCE fornecem estímulos “substanciais e persistentes”, mas admitiu que pode chegar um momento em que os efeitos da chamada política de relaxamento quantitativo (QE, pela sigla em inglês) se tornem negativos.

    Schnabel também apontou que, no início de uma recuperação econômica, o forward guidance não pode substituir as compras de ativos por completo.

    “Desta forma, é preciso ver o forward guidance e as compras de ativos tanto como substitutos quanto complementos”, acrescentou.

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