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    Para aliados, críticas de Lula sobre BC indicam que presidente quer escolha pessoal para novos diretores

    Auxiliares acreditam que tom está acima e poderia ser terceirizado a Alckmin

    Tainá Falcãoda CNN , Brasília

    Para políticos do Partido dos Trabalhadores, a estratégia do presidente Lula em confrontar o Banco Central pode ter relação com a escolha de diretorias do Banco Central. Os mandatos de Paulo Souza (Política Monetária) e Bruno Serra (Fiscalização) expiram no próximo dia 28.

    As frequentes críticas do presidente ao BC, personificadas em Roberto Campos Neto, fizeram surgir dúvidas sobre qual seria o perfil dos indicados. Fontes ligadas à Fazenda, mantém que a preferência será por um perfil técnico sem detalhar se a escolha estará mais alinhada ao mercado.

    Nesta terça-feira (8), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o presidente indicará nomes qualificados para as funções.

    Nos bastidores, a indicação estava sendo costurada entre Roberto Campos Neto e Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Mas Lula pode se aproveitar do tensionamento entre o Palácio do Planalto e o BC para gerar um fato e escolher nomes de sua confiança.

    Ao reprovar a postura do presidente, partidários acreditam que as críticas à taxa de juros poderia ter sido terceirizada ao vice-presidente, Geraldo Alckmin. No primeiro governo do petista, José Alencar, então vice-presidente, abordava o assunto com frequência e protagonizava embates com a instituição.

    As críticas de Lula têm sido endossadas pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PT), o que tem sido avaliado internamente como um risco para o ministro da Fazenda.

    A justificativa é que, com a ‘fala forte’ de Lula e o endosso de Gleisi, Haddad pode ficar isolado e o presidente passar a ideia de que o ministro não tem autonomia.

    Para interlocutores de centro, as falas de Lula são interpretadas como resultado da preocupação do presidente ao andamento de medidas que melhorem cenário econômico. Na visão desses aliados, a resposta só virá após aprovação de uma reforma tributária e um novo arcabouço fiscal.

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