Pandora não usará mais diamantes: joias serão feitas com pedras de laboratório
A nova coleção inclui colares, brincos e anéis e os preços começam em cerca de US$ 350
A Pandora, maior produtora de joias do mundo, passará a ser mais sustentável. Ela divulgou na terça-feira (4) que não usará mais diamantes de minas em seus produtos.
A empresa, com sede em Copenhague, disse que prefere ir em direção ao uso de diamantes criados em laboratórios, enfatizando ter as mesmas “características óticas, químicas, térmicas e físicas”. A coleção, chamada Pandora Brilliance, já foi lançada no Reino Unido e deve ser vendida globalmente no próximo ano.
“Eles [diamantes feitos em laboratório] são tanto um símbolo de inovação e progresso quanto de beleza duradoura. Um compromisso de nossa agenda de sustentabilidade contínua e ambiciosa”, disse Alexander Lacik, CEO da Pandora, em um comunicado. “Os diamantes não são apenas para sempre, mas para todos.”
Pedras cultivadas em laboratório foram consideradas uma “alternativa ética” em comparação aos diamantes extraídos. A Pandora garante que eles são classificados nos mesmos “4Cs” dos diamantes extraídos (também conhecido como corte, cor, clareza e quilate) antes de serem vendidos.
A nova coleção inclui colares, brincos e anéis e os preços começam em cerca de US$ 350. Além da produção de diamantes em laboratórios, a nova coleção da Pandora conta com mais de 60% de energia renovável. A expectativa é que os novos diamantes sejam feitos com energia 100% renovável, quando a coleção for lançada globalmente.
Pedras cultivadas em laboratório têm um apelo crescente entre os consumidores que buscam comprar produtos sustentáveis. A Pandora inclusive, anunciou em junho passado que usará apenas ouro e prata reciclados em seus produtos até 2025.
A mudança tem como alvo os compradores tradicionais — embora as vendas de diamantes representem apenas 50 mil peças de joias vendidas no ano passado, dentro de um total de 85 milhões. Mesmo assim, ainda é uma mudança significativa de uma empresa importante no mercado.
No ano passado, a Tiffany & Co. anunciou uma iniciativa de rastreamento que permite que os clientes vejam o país onde as pedras são cortadas, polidas e definidas.
A Pandora está tentando se manter à frente da curva, observando um crescimento na demanda por pedras feitas em laboratório. “Nos Estados Unidos, e especialmente na China e na Índia, os consumidores mais jovens dizem que a sustentabilidade faz parte de seu processo de tomada de decisão e pode influenciar a compra de joias com diamantes”, apontou a Bain & Company em um relatório publicado no início deste ano.
(Texto traduzido. Para ler a versão original, clique aqui.)