Pagamento de R$ 1,2 bilhão e 8 mil operações em 1 minuto: veja números e projeções do Pix
Em média, os valores das transações são de R$ 257, e 93% das movimentações entre pessoas físicas são de valores abaixo de R$ 200, informou BC
O maior Pix da história foi de R$ 1,2 bilhão, enquanto no último minuto de cada dia são registradas ao menos oito mil transações. Esses e outros números da plataforma de pagamento foram revelados pelo Banco Central (BC), em relatório divulgado nesta segunda-feira (4).
O pagamento bilionário foi efetuado em dezembro de 2022, mesmo mês que ocorreram cerca de 2,9 bilhões de transações, um aumento de 107% em relação ao mesmo período de 2021.
Em média, os valores das transações são de R$ 257, e 93% das operações entre pessoas físicas são de valores abaixo de R$ 200.
Já considerando transações apenas entre pessoas jurídicas privadas, há concentração na faixa até R$ 500. No entanto, a autoridade monetária diz notar uma contribuição maior de transações de valor mais elevado: 18,6% das movimentações têm valor a partir de R$ 2.000.
“O Pix teve rápida aceitação pela população brasileira. Tanto a quantidade de transações quanto o volume financeiro cresceram progressivamente desde seu lançamento”, diz o BC.
Novas funcionalidades
O Banco Central ainda estima que o Pix será usado para outras funcionalidades, “principalmente em alguns casos de uso específicos, como pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público”.
Há ainda a possibilidade de estabelecer regras padronizadas que viabilizem a utilização do Pix para pagamentos a prazo ou parcelados, “mitigando o risco de crédito do recebedor em eventuais situações de inadimplência do pagador”.
A autoridade monetária ainda aponta a possibilidade integração com sistemas de pagamentos instantâneos internacionais, “viabilizando a realização de transações transfronteiriças entre o Brasil e outros países, como remessas, pagamentos entre empresas e pagamentos de compras de bens e de serviços no exterior”.
Um estudo publicado em 2022 pela ACI Worldwide, que embasou o relatório do BC, diz que o Pix gerou, em 2021, uma economia de custos estimada em US$ 5,7 bilhões (R$ 27,9 bilhões) para empresas e consumidores, o que ajudou a gerar uma produção econômica adicional de US$ 5,5 bilhões (R$ 26,9 bilhões), representando 0,34% do PIB brasileiro.
Segundo as estimativas, esses números poderão alcançar até US$ 37,9 bilhões (R$ 185,7 bilhões) até 2026.