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    “O mercado não está preocupado com o rombo fiscal”, diz Pablo Spyer, da Mirae

    Para o economista, é necessário que o investidor tenha cautela nesse momento e que o melhor, agora, é preferir ativos de empresas que são mais seguras

    André Jankavski, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

     

    O economista Pablo Spyer, também conhecido como o “touro de ouro”, se tornou uma das caras mais conhecidas do mercado financeiro nas redes sociais. De segunda a sexta-feira, por volta das 7h, o diretor operacional da corretora sul-coreana Mirae grava o “minuto econômico” para contar o que está acontecendo nos mercados lá de fora e o que deve afetar a bolsa brasileira naquele dia para mais de 100 mil seguidores.

    Porém, no início de abril, Spyer ficou um pouco ausente: ele foi mais uma das vítimas do novo coronavírus. Na sua volta, afirmou que os efeitos da COVID-19 são bem duros, assim como serão as implicações que a doença terá na economia brasileira e global. Ele não arrisca dizer um palpite do tamanho do tombo, mas sabe que será grande.

    “Se as projeções do FMI se confirmarem, com uma queda de 5%, teremos a pior recessão desde 1901”, diz Spyer.

    Por isso, ele acredita que o governo precisa continuar no caminho de ajudar tanto os desassistidos quando auxiliar empresas e setores que estão sendo fortemente impactados pela pandemia.

    “O mercado não está preocupado com o rombo fiscal, ao contrário de 2015 e 2016. A questão agora é salvar a economia”, diz o economista.

    Para ele, não é possível dizer que já caminhamos para uma recuperação, ainda mais com tantas incertezas quanto ao avanço do vírus no Brasil. Mas, enquanto alguns economistas discutem se teremos uma recuperação em “V”, que seria tão rápida quanto a queda recente, ou em “U”, que seria mais lenta, Spyer aposta no “W”. Na sua visão, o mercado ainda pode fazer mais uma realização e diminuir ainda mais o preço dos ativos que estão longe de ter se recuperado da derrocada.

    Por isso, Spyer recomenda calma para os investidores neste momento, especialmente para os mais inexperientes, que podem ter se assustado com o movimento dos últimos tempos.

    “É necessária cautela. As pessoas precisam observam bem os ativos, analisar se as empresas que eles querem comprar ações estarão vivas no futuro”, diz Spyer.

    Confira, a seguir, a sua entrevista:

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