Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “O mais importante é saber dizer não”, diz Campos Neto sobre sucessor no BC

    Ele também defendeu que o futuro presidente seja sabatinado pelo Congresso Nacional, ainda que seja “um diretor” o sucessor dele

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, nesta quarta-feira (3), que o mais importante para quem suceder ele na função é “saber dizer não quando necessário”.

    Ao comentar sobre o fim do mandato, que termina em 31 de dezembro deste ano, na 10ª edição do Bradesco BBI Brazil Investment Forum, promovido pelo Bradesco BBI, em São Paulo, Campos Neto voltou a dizer que quer fazer uma “transição suave” e “civilizada”.

    Ele também defendeu que o futuro presidente seja sabatinado pelo Congresso Nacional ainda este ano, mesmo que um diretor seja presidente interino. De acordo com o banqueiro central o motivo seria o próprio funcionamento das Casas Legislativas.

    “Senão você passa para o outro ano, tem problema. Meu mandato termina no dia 31 (de dezembro). Se um diretor for presidente interino, tem que passar por sabatina também, mas não tem sabatina porque o Congresso vai estar fechado”, afirmou.

    Mesmo assim, o banqueiro central destacou que o mercado já não vê com grande risco a próxima presidência e reforçou que, para um presidente de BC, “a coisa mais importante quem senta na cadeira hoje é saber dizer não quando necessário”. Ele ressaltou também a importância de explicar “para dentro e para fora” que o ciclo de política monetária que tem um “timing” diferenciado.

    Campos Neto seguiu dizendo que, ao mudar os governos, há um processo de transição “que não é civilizada” e isso “é muito ruim” institucionalmente para o país.

    “A gente pode ter pensamentos diferentes, mas no final está todo mundo pensando o Brasil”, disse.

    Haddad: processo de escolha será tranquilo

    Na terça-feira (2), em participação virtual no mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o processo de escolha do futuro presidente do BC será “tranquilo” e “fruto de diálogo”.

    O ministro também reforçou que a escolha do sucessor é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que tem três nomes sob a mesa.

    “O presidente (Lula) tem três nomes para escolher agora: dois diretores e o presidente. Penso que vai ser um processo muito natural. Ele vai ouvir as pessoas, vai ouvir a Fazenda, nós vamos ouvir o Banco Central sobre como fazer essa transição, e quero crer que essa transição vai ser muito mais tranquila”, afirmou.

    Tópicos