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    Número de trabalhadores no comércio superou patamar pré-pandemia em 2022 pela 1ª vez

    Levantamento do IBGE faz panorama dos aspectos estruturais do segmento empresarial da atividade comercial no país

    Carol Raciunascolaboração para a CNN

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (25), a Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2022. O levantamento dá um panorama dos aspectos estruturais do segmento empresarial da atividade comercial no país.

    O PAC calculou que, em 2022, 10,3 milhões de pessoas estavam ocupadas em empresas de comércio. O valor representa queda de 0,7% em comparação com 2013.

    Apesar disso, foi o primeiro ano pós-pandemia que a quantidade de ocupados ficou acima da registrado em 2019, um aumento de 1,5%, representando mais 157,3 mil trabalhadores.

    A maioria das vagas, 7,6 milhões, é do comércio varejista. Os demais correspondem aos segmentos de atacado e de veículos, com 1,9 milhão e 846,2 mil trabalhadores, respectivamente.

    Neste recorte, o destaque é para o comércio atacado, que atingiu o maior nível de participação na série histórica desde 2007, com 18,4%.

    Com relação à remuneração, a pesquisa apontou que as empresas comerciais pagaram, em média, dois salários mínimos por mês em 2022.

    O comércio por atacado é o que conta com maior salário médio, de 2,9 salários mínimos mensais.

    Receitas

    A pesquisa aponta que, em 2022, as empresas comerciais registraram receita operacional líquida de R$ 6,7 trilhões.

    A maior parte corresponde a gerada pelo comércio por atacado, que representa 51% da receita.

    Enquanto isso, 40,2% dessa receita foi gerada pelo comércio varejista, e 8,8%, pelo comércio de veículos, peças e motocicletas.

    O segmento do comércio que registrou menor percentual de colaboração na receita total também foi o que apresentou maior redução de representatividade. Segundo a PAC, houve perda de 4 ponto percentual (p.p.) em dez anos.

    Apesar de ter registrado a maior queda, o comércio varejista também perdeu 2,7 p.p. Já o comércio por atacado avançou 6,7 p.p. entre 2013 e 2022.

    Desde o início da série histórica em 2007, em 2022 houve a maior diferença entre as participações dos segmentos de atacado e varejo, chegando a 10,8 p.p.

    Ranking de agrupamentos do comércio

    No recorte dos 22 agrupamentos do setor comercial, houve mudanças na composição do ranking. O setor de hipermercados e supermercados gerou 11,4% da receita operacional líquida e caiu uma posição no ranking.

    A queda para o segundo lugar levou à liderança o comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes. Em 2022, o agrupamento teve crescimento de 2,5 p.p., representando 12,7% das receitas.

    O terceiro lugar do ranking ficou para o comércio por atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, com representação percentual de 8,6%.

    Outro destaque para este recorte foi o comércio por atacado de matérias-primas agrícolas e animais vivos, o agrupamento que mais cresceu entre 2013 e 2022. A atividade passou da 16ª atividade mais representativa para a quinta colocação.

    Margem de comercialização

    A pesquisa aponta ainda que em 2022 a diferença entre a receita líquida de revenda e o custo das mercadorias vendidas totalizou R$ 1,4 trilhão.

    Enquanto isso, a taxa de margem de comercialização, que mede a capacidade de um setor aumentar a receita de vendas acima dos custos de aquisição e da variação do estoque, reduziu de 30,5% para 27,9% nos últimos dez anos.

    Participação regional

    A PAC destacou ainda a participação de cada região brasileira nas estimativas do comércio.

    Em 2022, a região Sudeste manteve a liderança nos quatro segmentos destacados: pessoal ocupado; remunerações; receita bruta de revenda; e unidades locais.

    Em seguida, aparecem as regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. A ordem segue a mesma de 2010.

    O Sudeste se destaca ainda como a única com salário médio mensal das empresas comerciais maior que o Nacional, chegando a 2,1 salários mínimos.

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