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    Nova rodada de tarifaço de Trump entra em vigor nesta quarta; veja lista

    Tarifas entra em vigor com alíquotas baseadas na reciprocidade, afetando economias como China, Japão e União Europeia

    Matheus Oliveiracolaboração para a CNN* , São Paulo

    A nova rodada de tarifas dos Estados Unidos contra dezenas de países passa a vigorar a partir da 1h01 (horário de Brasília) desta quarta-feira (9).

    A medida começa a valer para 57 países, incluindo antigos aliados, como Japão e União Europeia, e rivais, a exemplo da China.

    O sobrepreço começa uma semana após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar o “tarifaço”, com a justificativa de atrair investimentos privados para o país e estimular a geração de empregos.

    No sábado (5), começou a valer a taxação a dezenas de países, entre eles o Brasil, com o índice base de 10% sobre a importação de itens para os EUA.

    O sobrepreço adicional desta quarta-feira (9) é aplicado aos países com taxação acima de 11%.

    As importações da União Europeia serão atingidas com uma tarifa de 20%, enquanto os japoneses terão barreiras de 24%.

    O caso mais extremo é da China, que passará a contar com tarifas de 104% – resultado de somadas taxas já aplicadas previamente pelo republicano.

    O Vietnã, que se beneficiou da mudança das cadeias de suprimentos dos EUA para longe da China após a guerra comercial do primeiro mandato de Trump com Pequim, será atingido por uma tarifa de 46% e concordou na sexta-feira (4) em discutir um acordo com Trump.

    O Canadá e o México foram isentos das últimas taxas de Trump porque ainda estão sujeitos a uma tarifa de 25% relacionada à crise do fentanil nos EUA para produtos que não cumprem as regras de origem EUA-México-Canadá.

    Para definir as tarifas, Washington fez o seguinte cálculo: o déficit comercial do país dividido por suas exportações para os Estados Unidos, e depois dividido pela metade.

    Veja a seguir a lista de países que começam a ser taxados e suas respectivas porcentagens

    • África do Sul 30%
    • Angola 32%
    • Argélia 30%
    • Bangladesh 37%
    • Bósnia e Herzegovina 35%
    • Botsuana 37%
    • Brunei 24%
    • Camarões 11%
    • Camboja 49%
    • Cazaquistão 27%
    • Chade 13%
    • China 104%
    • Coreia do Sul 25%
    • Costa do Marfim 21%
    • Fiji 32%
    • Filipinas 17%
    • Guiana 38%
    • Guiné Equatorial 13%
    • Ilhas Falkland 41%
    • Índia 26%
    • Indonésia 32%
    • Iraque 39%
    • Israel 17%
    • Japão 24%
    • Jordânia 20%
    • Laos 48%
    • Lesotho 50%
    • Libya 31%
    • Liechtenstein 37%
    • Macedônia do Norte 33%
    • Madagascar 47%
    • Malásia 24%
    • Malawi 17%
    • Maurício 40%
    • Moçambique 16%
    • Moldávia 31%
    • Myanmar (Birmânia) 44%
    • Namíbia 21%
    • Nauru 30%
    • Nicarágua 18%
    • Nigéria 14%
    • Noruega 15%
    • Paquistão 29%
    • República Democrática do Congo 11%
    • Sérvia 37%
    • Síria 41%
    • Sri Lanka 44%
    • Suíça 31%
    • Tailândia 36%
    • Taiwan 32%
    • Tunísia 28%
    • União Europeia 20%
    • Vanuatu 22%
    • Venezuela 15%
    • Vietnã 46%
    • Zâmbia 17%
    • Zimbábue 18%

    Na terça-feira (8) a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt afirmou que cerca de 70 países entraram em contato com Washington para iniciar negociações para reduzir o impacto da política tarifária do presidente norte-americano Donald Trump.

    Por outro lado, a União Européia iniciou conjunto de contramedidas contra as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio. As propostas iniciais foram suavizadas — o bourbon norte-americano, por exemplo, foi retirado da lista — e também foi oferecido a Washington um acordo tarifário de “zero por zero”.

    Enquanto a China reagiu impondo tarifas gerais equivalentes a 34% sobre importações dos Estados Unidos, além de estabelecer restrições à exportação de algumas terras raras.

    A China também incluiu mais 11 órgãos norte-americanos na lista de “entidades não confiáveis”, o que permite a aplicação de sanções. O governo chinês afirma que irá “lutar até o fim” contra as tarifas.

    Tarifas “recíprocas” de Trump não são o que parecem; entenda

    *Com Reuters


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