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    Nova regra fiscal do governo deve ser a mais simples possível, avalia economista

    À CNN Rádio, Paula Magalhães, da AC Pastore Consultores, defende que seria interessante colocar a regra em cima de algo que o governo tenha maior facilidade de controlar

    Amanda Garciada CNN

    Quanto mais simples a nova regra fiscal, melhor será, na avaliação da economista-chefe da AC Pastore Consultores Paula Magalhães.

    Em entrevista à CNN Rádio, ela lembrou que, embora não haja detalhes sobre a proposta apresentada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao que tudo indica, ela trará “algum tipo de controle de gasto.”

    Para a economista, “seria interessante colocar a regra em cima de algo que o governo tem maior facilidade de controlar.”

    “Sobre a dívida, fica mais complicado, já que a dívida pública é a razão do valor total dela sobre o PIB, e o governo não tem controle sobre o Produto Interno Bruto, basta um choque negativo essa razão aumenta.”

    Paula Magalhães destacou que uma regra que incida sobre gastos e, dependendo, receitas seria o ideal.

    A economista disse que a nova regra deve dar credibilidade ao controle de despesas, diferentemente do teto, que foi desrespeitado diversas vezes.

    Embora acredite que a divulgação da proposta de Haddad seja positiva, já que “melhora o sentimento de quem gera expectativa de inflação”, será necessário ver como ela será operacionalizada.

    “O corte de juros não vai acontecer de um dia para o outro, os problemas não vão ser resolvidos uma vez que a nova regra saia”, completou.

    Ela explica que “uma vez que ela seja aprovada, com o tempo controla a expetativa de inflação de curto prazo e, aí sim, consegue ter impacto de corte de juros”.

    *Com produção de Isabel Campos

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