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    Nível de reservatórios das hidrelétricas deve cair ainda mais em setembro

    Esta semana será de estiagem, com novo aumento no custo da produção de energia elétrica

    Pauline Almeidada CNN , no Rio de Janeiro

    A situação dos reservatórios das hidrelétricas deve se agravar ainda mais neste mês de setembro. As projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que o nível do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da produção de energia do país, deve cair dos atuais 20,37% para 15,2%. A queda também deve ser observada nas demais regiões: no Sul – de 26,22% para 22,6%; no Nordeste, de 48,15% para 40,1%; e no Norte, de 69,11% para 65,2%.

    Entre esse sábado (4) e a próxima sexta-feira, os reservatórios serão afetados por mais uma semana de estiagem. Áreas de instabilidade provocam chuvas nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai, no Rio Grande do Sul,  e no rio Iguaçu, no Paraná. Apesar da boa notícia para as usinas do Sul,  segundo a ONS, a previsão para setembro é de afluência, ou seja, do volume de água que chega aos reservatórios, abaixo da média no país.

    Diante desse cenário, o Operador Nacional do Sistema Elétrico prevê um aumento no custo para produção de energia até a próxima sexta-feira. A operação vai subir de R$ 1.027,43/MWh para R$ 1.261,35/MWh em três regiões: Sudeste/Centro Oeste, Sul e Norte, uma alta de 22,77%. Apenas a região Norte vai registrar uma leve queda de 2,74%, saindo de R$ 990,06/MWh para R$ 968,77 MWh.

    Com a conta de energia mais cara desde a última quarta-feira (1º), quando entrou em vigor a nova bandeira tarifária criada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de R$ 14,10 para cada 100 kilowatt-hora, o ONS acredita que as pessoas vão economizar neste mês.

    O subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve ter uma queda de 1,6% na carga mensal, com previsão de demanda de 40.143 MW de média. A redução também deve ser observada no Sul, segundo subsistema com maior demanda, com 11.461 MWmed na expectativa para este mês, mas de apenas 0,1%. Já o Nordeste e Norte devem ter crescimento na carga, com 3,2% e 3,1%, respectivamente, mas são subsistemas com menor demanda – 11.367 MWmed e 6.1889 MWmed.

    “As projeções de carga para o mês de setembro/21 levaram em consideração a progressiva melhora do setor de comércio e serviços do país, e a manutenção da produção Industrial em patamares elevados, apesar dos gargalos associados a escassez de insumos recentemente agravada por problemas de logísticas nos mercados internacionais e aumento da energia elétrica. Ressalta-se que as projeções foram ajustadas em função da expectativa de redução de consumo em virtude da nova bandeira tarifária’, divulgou o ONS.

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