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    “Não podemos criar falsa expectativa”, diz Rui Costa sobre programa que reduz valor de passagens aéreas

    Com passagens a R$ 200, a iniciativa deverá beneficiar cerca de 22 milhões de pessoas

    Esquema funcionava no posto da Anvisa do Aeroporto Internacional do Galeão, no RJ
    Esquema funcionava no posto da Anvisa do Aeroporto Internacional do Galeão, no RJ Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

    Paulo Barreirada CNN

    Brasília

    O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a população não deve criar “falsa expectativa” de que o lançamento do Voa Brasil vá reduzir os valores das passagens aéreas.

    Segundo ele, a iniciativa visa apenas o corte de custos dos bilhetes para aposentados e alunos do Prouni.

    Durante participação no programa “Bom Dia, Ministro” nesta quinta-feira (21), Rui Costa foi questionado sobre um possível prazo para implementação do projeto, que já sofreu sucessivos adiamentos.

    Segundo o ministro, o Voa Brasil foca estimular o uso do transporte aéreo, principalmente entre pessoas que raramente o utilizam, fazendo com que elas comprem suas passagens antecipadamente.

    “O programa tem a finalidade de estimular o uso para pessoas que nunca usaram ou usam raramente e, de alguma forma, atingir um público segmentado. Não podemos criar a falsa expectativa de que [o programa] vá resolver o problema do custo da passagem em geral no Brasil”, afirmou.

    “O custo da passagem no Brasil é muito alto comparado com qualquer país do mundo. Às vezes o custo entre capitais é mais caro do que comprar uma passagem internacional para ir à Europa”.

    O Voa Brasil visa oferecer passagens aéreas a preços acessíveis, inicialmente fixadas em R$ 200, para determinados grupos sociais.

    A proposta beneficia aposentados e alunos do Prouni que nunca viajaram de avião ou que não tenham viajado nos últimos 12 meses. Cerca de 20,8 milhões de aposentados e 600 mil estudantes estão aptos a participar.

    O lançamento do programa enfrenta adiamentos desde a gestão de Márcio França à frente do Ministério dos Portos e Aeroportos. França deixou o cargo em setembro de 2023, sucedido por Silvio Costa Filho.

    Em entrevista à TV Cultura, o ministro Costa Filho indicou que ainda este mês a nova versão do programa deve ser lançada.

    Apesar da medida não ter como foco direto a redução dos valores das passagens, Rui Costa informou que os ministérios da Fazenda e de Portos e Aeroportos têm se esforçado junto às empresas para alcançar essa meta.

    No entanto, as aéreas apontam dificuldades em baixar os preços para os usuários, citando o alto custo do combustível e um passivo de R$ 1 bilhão relacionado a indenizações por atrasos e cancelamentos de voos.

    De acordo com o ministro da Casa Civil, as companhias aéreas chegaram a mencionar uma “indústria de fabricação de ações judiciais”.