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    Não acredito em dominância fiscal e juros farão efeito, diz Haddad à CNN

    Questionado sobre reação do mercado, ministro diz que não tira razão, mas aponta exageros

    João Nakamurada CNN , em São Paulo

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse não acreditar na existência de um quadro de dominância fiscal.

    “Tenho ouvido de alguns interlocutores, mas não acredito em dominância fiscal. Acredito que a política monetária fará efeito sobre a inflação. […] Um efeito muito maior do que se imaginou”, pontuou Haddad em entrevista à CNN nesta sexta-feira (17).

    Os economistas chamam de “dominância fiscal” um cenário no qual a política monetária de um banco central, ao elevar os juros, não é suficiente para conter a inflação do país, o que ocorreria em ocasião de um impulso de gastos contínuos.

    Agentes econômicos começaram a avaliar a possibilidade de este ser o caso do Brasil tendo em vista o contínuo aperto monetário do Banco Central (BC) – cuja taxa básica de juros deve chegar até 14,25% em março – e o desagrado com os esforços do governo na frente fiscal.

    Questionado sobre a reação do mercado às medidas fiscais apresentadas pelo governo em novembro de 2024, o chefe da equipe econômica diz que não tira razão do investidor crítico, mas aponta que houveram exageros.

    “Não estou tirando a razão, não pode culpar alguém por ter uma percepção. Temos que conversar mais com esse povo e mostrar o que estamos fazendo, mas penso que no final do ano passado teve um exagero na reação”, disse Haddad.

    “O presidente Lula, com muita razão na minha opinião, estranha o fato de que uma pessoa que governou o pais por mais de 10 anos tem que ficar provando responsabilidade fiscal. Ele fala: ‘nós vamos fazer o que for preciso para entregar o país melhor’. Às vezes, na minha opinião, tem um ar que extrapola”, pontuou.

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