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    Na demissão, presidente da Petrobras teria dito que faltava “coragem moral” a quem o demitiu

    Fontes dizem, no entanto, que o general Silva e Luna evitou citar diretamente o nome de Jair Bolsonaro

    Caio Junqueira

    Interlocutores do general Joaquim Silva e Luna informaram à CNN que o presidente da Petrobras disse ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que faltava “coragem moral” ao responsável pela sua demissão, sem citar diretamente o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A fala teria acontecido, segundo as mesmas fontes, durante a breve conversa de 20 minutos em que ele foi demitido no início da tarde de segunda-feira em seu gabinete na sede da Petrobras no centro do Rio de Janeiro.

    Bento teria iniciado o diálogo dizendo que seria enviada uma nova lista de conselheiros da empresa e que o general não constava dela. O general teria lhe dito que havia formas de fazer isso e que essa não seria a mais adequada. Mas teria deixado claro que não tem apego ao cargo. Lembrou também que a conjunção de informações que vinham circulando nas últimas semanas apontava para esse desfecho.

    Segundo as fontes, o ministro evitou tecer maiores comentários. O ministro teria ouvido ainda do general que se há algo sagrado para ele é sua reputação e sua biografia e que sairia de cabeça erguida pois, quando aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro, deixou claro a ele que estava servindo ao país. Luna e Silva teria afirmado ainda que a Petrobras, como toda empresa, tinha um rosto, e era seu dever dirigir a empresa sem aceitar pressões externas.

    Procurados o presidente da Petrobras, general Silva e Luna, e o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, não responderam aos contatos.

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