Municípios calculam prejuízo acima de R$ 275 milhões por chuvas no Rio Grande do Sul
Somente na área habitacional, os prejuízos superam R$ 115,6 milhões, com 10.193 casas danificadas ou destruídas


Entre os dias 29 de abril e o 3 de maio, as tempestades que assolam o Rio Grande do Sul causaram ao menos R$ 275,3 milhões em prejuízos financeiros — que se somam à tragédia humanitário no estado, onde há registro de 57 mortes, 67 desaparecidos e 74 feridos.
Os dados são da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e indicam que R$ 59,9 milhões deste prejuízo diz respeito ao setor público. A maior parte deste montante, cerca de R$ 29,5 milhões, está relacionado a danos em obras de infraestrutura, como pontes, estradas e sistemas de drenagens urbanas.
Confira os principais setores públicos afetados:
- Obras de infraestrutura: R$ 29,5 milhões em prejuízos;
- Sistema de esgotamento sanitário: R$ 7,5 milhões em prejuízos;
- Assistência médica emergencial: R$ 6,7 milhões em prejuízos;
- Abastecimento de água: R$ 2,1 milhão em prejuízos;
- Limpeza Urbana e remoção de escombros: R$ 2,1 milhões em prejuízos;
- Sistema de ensino: R$ 1,5 milhão em prejuízos;
- Sistema de transporte: R$ 1,4 milhão em prejuízos;
- Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 1,4 milhão em prejuízos;
No setor privado, já são registrados R$ 99,8 milhões em prejuízos, com a maior parte concentrada na agricultura (R$ 71,4 milhões). Na indústria, as perdas somam R$ 11,2 milhões, na pecuária, R$ 9,3 milhões.
Confira os principais setores privados afetados:
- Agricultura: R$ 71,4 milhões em prejuízos;
- Indústria: R$ 11,2 milhões em prejuízos;
- Pecuária: R$ 9,3 milhões em prejuízos;
- Comércios locais: R$ 5,3 milhões em prejuízos;
- Demais serviços: R$ 2,6 milhões.
Na área habitacional, os prejuízos superam R$ 115,6 milhões, com 10.193 casas danificadas ou destruídas. Até este sábado (3) as chuvas intensas causaram danos em 300 municípios gaúchos.
A CNN mostrou recentemente que o aumento do gasto com medidas emergenciais contra eventos extremos preocupa o governo federal. A gestão busca soluções para elevar a resiliência de cidades e infraestrutura, mas esbarra em pouco espaço orçamentário.
Em 2021, a pasta do governo voltada à infraestrutura gastou um total de R$ 250 milhões em resultado de eventos climáticos extremos. Já em 2022, este valor se aproximou de R$ 800 milhões; no ano passado, ficou próximo de R$ 1 bilhão de reais. Nos quatro primeiros meses de 2024, a cifra já ultrapassa R$ 800 bilhões.
- 1 de 11
Capital gaúcha é a afetada por enchente histórica; nível do Guaíba passou de 5 metros • Matheus Piccini/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 04.mai.2024
- 2 de 11
Na maior enchente de Porto Alegre (RS), bombeiros usam sacos de areia para tentar escorar comporta do Guaíba • Matheus Piccini/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 04.mai.2024
- 3 de 11
Porto Alegre é afetada por enchente histórica; nível do Guaíba passa dos 5 metros • Matheus Piccini/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 04.mai.2024
-
- 4 de 11
Porto Alegre (RS) é atingida pela maior enchente da história • Matheus Piccini/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 04.mai.2024
- 5 de 11
Enchente em bairro de Porto Alegre (RS) que fica próximo ao dique que extravasou • Reprodução/redes sociais
- 6 de 11
Régua que faz a medição do nível do Guaíba em Porto Alegre (RS) • Isadora Aires/CNN - 04.mai.2024
-
- 7 de 11
Carro é quase coberto pela água durante enchente histórica em Porto Alegre (RS) • Reprodução/redes sociais
- 8 de 11
Região do Mercado Público de Porto Alegre (RS) foi tomada pela água durante enchente histórica na capital gaúcha • Reprodução/redes sociais
- 9 de 11
Câmera de segurança da prefeitura mostra a altura da água no Centro Histórico de Porto Alegre (RS) durante enchente histórica • Divulgação/Prefeitura de Porto Alegre
-
- 10 de 11
Árvores ficam quase submersas no Parque da Marinha do Brasil, em Porto Alegre (RS) • Divulgação/Prefeitura de Porto Alegre
- 11 de 11
Nível do Guaíba passou de 5 metros em Porto Alegre (RS) durante enchente histórica • Carlos Quadros/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 04.mai.2024