“Muitas pessoas podem ficar sem precatórios e Auxílio Brasil”, diz especialista
Segundo Breno Rodrigues, CEO da Mercatório, brasileiros que esperam receber valores pequenos dos precatórios podem ter que esperar até 2024, caso PEC seja aprovada
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (12), Breno Rodrigues, CEO da Mercatório, startup especializada no mercado de precatórios, diz que muitos brasileiros vão ficar “no limbo” entre o recebimento dos precatórios e o Auxílio Brasil.
“Há risco de pessoas que possuem valores pequenos de precatórios ficarem sem receber no ano que vem. Precatórios de R$ 60 mil, de pessoas que precisam do dinheiro, acabam não sendo pagos”, explica.
Isso significa que, em um cenário em que a PEC é aprovada, pessoas que estão na fila para receber os pagamentos das dívidas judicialmente reconhecidas talvez só recebam o valor em 2023 ou 2024, segundo Rodrigues.
Para avançar com o novo Bolsa Família o mais rápido possível, o governo mantém a aprovação da PEC dos Precatórios como um dos objetivos a curto prazo. A proposta ainda tramita no Senado e, caso seja aprovada, cria espaço para o orçamento do programa social, fundamental para o governo em 2022.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse durante evento na quinta-feira (11), que está esperançoso com a aprovação da PEC. “Isso torna o orçamento exequível e se estende para todo futuro previsível, ou seja, não vai haver mais sustos nos precatórios”, afirmou.
Guedes negou que a aprovação da proposta seja o mesmo que calote e afirmou que o governo vai pagar as dívidas judicialmente conhecidas.
“Evidentemente não é calote. Se você está dizendo que paga à vista tudo o que está no teto, o que está fora você dá alternativas, como pagar no ano seguinte ou com ativos. Com a quantidade de ativos que o governo brasileiro tem, não vamos ter fila”.
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