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    MP do saque-aniversário do FGTS será assinada na sexta (28), diz governo

    Segundo Ministério do Trabalho e Emprego, medida vai beneficiar 12,1 milhões de pessoas e disponibilizar R$ 12 bilhões

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai assinar, na próxima sexta-feira (28), uma medida provisória (MP) que libera o acesso ao saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores demitidos entre janeiro de 2020 e a data da publicação, mas que estavam impedidos de sacar o recurso por terem aderido ao saque-aniversário.

    Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a medida vai beneficiar 12,1 milhões de pessoas e disponibilizar R$ 12 bilhões.

    De acordo com o governo, os valores serão creditados automaticamente na conta cadastrada no FGTS, em duas etapas. Na primeira, serão liberados até R$ 3 mil.

    Se o saldo for superior, o valor restante será liberado em uma segunda etapa, 110 dias após a publicação da MP.

    Outra regra definida pelo governo é de que a medida é somente retroativa — ou seja, vai liberar dinheiro do FGTS que já está travado, e não contempla usos futuros do saque-aniversário.

    Ou seja, após esse prazo, trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário e forem demitidos não poderão acessar o saldo, que ficará retido.

    O anúncio, que estava previsto para ocorrer nesta quarta-feira (26), foi adiado devido à coincidência de agendas.

    A ideia é que, após o lançamento oficial do e-consignado, previsto para o dia 12, como a CNN antecipou, a demanda pelo saque-aniversário vai diminuir naturalmente, reduzindo o impacto político de uma eventual extinção do programa criado pelo governo Jair Bolsonaro (PL).

    O governo federal vê o saque-aniversário como um desvirtuamento da finalidade do FGTS, que deve servir como uma reserva financeira em caso de demissão sem justa causa e também como fonte de financiamento para projetos habitacionais — o que é refutado pelo setor de construção civil.

    Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Renato Correia, esses valores poderão, na verdade, prejudicar a construção de novas moradias.

    À CNN, o executivo afirmou que o impacto é nas reformas, pequenos ajustes em casa. Se a construção puder usar os valores, será revertido em mais contratações, o que gera retorno para o Fundo de um modo geral.

    “Você coloca o recurso no seu bolso, pode fazer uma reforma da sua casa, mas esse dinheiro não volta para o FGTS. Quando a gente fala de habitação, o dinheiro volta para o fundo. O primeiro caso é consumo e o segundo, investimento”, afirmou.

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