Ministro descarta bloqueios em rodovias por caminhoneiros após alta de preços
Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, acredita que motoristas reconhecem efeitos da guerra no valor dos combustíveis
Diante do reajuste de 25% no preço do diesel, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Petrobras, o governo Jair Bolsonaro intensificou conversas com caminhoneiros e, apesar do salto no valor do combustível na bomba, não vê risco de bloqueios nas rodovias do país.
À CNN, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que “as lideranças estão percebendo a gravidade da situação e o efeito da guerra no preços”.
Segundo a avaliação do ministro, desde 2018, quando aconteceu a maior greve da história da categoria, houve o que ele chama de “amadurecimento” nas negociações. Hoje, de acordo com Tarcísio, não há disposição dos caminhoneiros em travar o fluxo no Brasil.
Eles têm optado, afirma o ministro, por acordos setoriais para conseguir transferir o aumento do custo do frete. Ou seja, os veículos ficam nos pátios até que se consiga compensação para o aumento no preço do diesel.
É o que aconteceu, por exemplo, no caso dos transportadores de carros e de combustíveis, que decidiram parar os caminhões em suas bases e não fazer novas viagens a partir desta sexta-feira (11).
Em comunicado divulgado nesta quinta (10), eles afirmaram que o aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras inviabilizou o frete e que, até que as condições financeiras sejam restabelecidas, a frota ficará parada.
O ministro da Infraestrutura também afirmou à CNN ver reconhecimento dos caminhoneiros na atuação do governo e do Congresso para minimizar os efeitos dos reajustes nas bombas, citando o avanço do projeto no Senado e na Câmara que altera a regra de incidência do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis.