Ministério Público do Trabalho faz inspeção na sede da Caixa após denúncias; TCU abre apuração
Ação ocorre para apurar in loco as denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-presidente da instituição Pedro Guimarães, após abertura de investigação do TCU
O Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza, nesta segunda-feira (4), uma inspeção na sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília.
Segundo apuração da CNN Brasil, o objetivo é verificar in loco as denúncias de assédio sexual e moral apresentadas por funcionários do banco contra o ex-presidente da instituição Pedro Guimarães.
O procurador titular do Trabalho, Paulo Neto, conduz a inspeção, que estava marcada para ter início às 9h30. Não há horário para ela terminar.
A visita poderá servir para o procurador conversar com a nova presidente Daniella Marques, ouvir funcionárias e colher documentos. O Ministério Público do Trabalho informou que somente ao final poderá detalhar o que de fato foi realizado na inspeção.
Em despacho, o procurador titular da investigação decidiu incluir o crime de “assédio moral” entre os focos de apuração, além de “assédio sexual” que já estava informado.
A Caixa foi procurada pela CNN Brasil, mas não respondeu até a publicação desta reportagem. A defesa de Pedro Guimarães também foi procurada e nega todas as acusações.
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) entrou com uma representação na semana passada para que a Corte investigue Pedro Guimarães por “flagrante violação ao princípio administrativo da moralidade”.
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação para apurar as acusações na sexta-feira, primeiro dia de julho. Após as denúncias virem à tona, Guimarães pediu demissão do cargo.
Na semana passada, o MPT fixou prazo de 10 dias corridos para que o ex-presidente da Caixa e também a instituição prestem esclarecimentos. O prazo acaba no fim desta semana. As denúncias também estão sob investigação no Ministério Público Federal.
O MPF já ouviu depoimentos de vítimas e testemunhas para apuração criminal das denúncias de assédio.
Tanto o MPF quanto o MPT também receberam cópias da representação movida pelo MPTCU, “de forma a promover atuação colaborativa”.