Minério de ferro dispara na China após Vale ter minas interditadas por Covid-19
Contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para setembro, chegou a saltar 7,6%, para 798 iuanes (US$ 112,74) por tonelada
Os futuros do minério de ferro na China dispararam nesta segunda-feira (8), marcando o maior ganho percentual indradiário desde julho de 2019, à medida que as preocupações com a oferta aumentaram após a brasileira Vale ter informado a interdição judicial de um complexo de minas devido a casos de coronavírus.
A decisão determinou na sexta-feira a interdição de minas da Vale em Itabira (MG) depois de dezenas de trabalhadores terem testado positivo para coronavírus, o que impactou mais de 10% da capacidade de produção de minério de ferro da companhia.
O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para setembro, chegou a saltar 7,6%, para 798 iuanes (112,74 dólares) por tonelada, maior ganho percentual desde 9 de julho de 2019. Ele fechou em alta de 5,5%, a 783 iuanes por tonelada.
A Vale disse que não será necessário revisar sua projeção de produção de minério de ferro neste ano, uma vez que a produção mensal esperada para os próximos meses do Complexo de Itabira é de 2,7 milhões de toneladas e o provisionamento de perdas associadas à pandemia em 2020 é de até 15 milhões de toneladas.
Mas, se o fechamento se prolongar, interrupções de oferta de minério de ferro poderiam ser maiores agora que no ano passado, quando a companhia enfrentou um desastre com o rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG), disse Wu Shiping, analista da Tianfeng Futures.
“Nós também não estamos vendo nenhum sinal de fraqueza na demanda por enquanto, mesmo com a temporada de chuvas chegando”, acrescentou.
No aço, o contrato mais ativo do vergalhão em Xangai, para outubro, encerrou em alta de 0,4%, a 3.616 iuanes por tonelada.
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