Meta contínua de inflação em 3% dissipa incertezas, diz Febraban
CMN aprovou mudança do sistema de metas e confirmou alvo do IPCA em 2026 para 3%



A adoção de uma nova meta contínua de inflação em 3% reduz incertezas. A avaliação é do presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney.
“A decisão dissipa incertezas que são sempre prejudiciais na condução da política monetária”, cita o representante dos bancos em nota à imprensa.
“O Conselho Monetário Nacional (CMN) confere ao regulador mais segurança para a condução da política monetária sempre numa perspectiva de longo prazo, buscando a meta de inflação com o menor impacto possível sobre a atividade econômica”, cita o representante da Febraban.
Para Isaac Sidney, a decisão foi “muito positiva” e adoção de uma meta contínua é “meritória”.
“A mudança na forma de apuração, que passa a valer a partir de 2025, alinha o nosso modelo à prática da quase totalidade dos demais países que adotam essa sistemática, em especial os desenvolvidos e os nossos pares emergentes”, cita.
Para o presidente da Febraban, a nova sistemática “traz mais flexibilidade” para a gestão da política monetária porque “permite ao BC perseguir a meta de inflação num horizonte de longo prazo, evitando ou minimizando o impacto de uma eventual elevação dos juros sobre a atividade econômica no curto prazo”.
O presidente da Febraban lembra que, na prática, o Banco Central já tem trabalhado com um horizonte mais longo que o indicado no calendário de um ano.
Issac Sidney lembra que a estratégia do BC tem sido de longo prazo com o que o Comitê de Política Monetária (Copom) tem classificado como “horizonte relevante para a política monetária”.
Em geral, são 18 meses à frente.