Mercado vê déficit primário e dívida bruta menores em 2024 e 2025, mostra relatório da Fazenda
Economistas têm expectativa que a arrecadação das receitas federais aumente neste ano e no próximo
Economistas passaram a prever um déficit primário menor neste ano e no próximo, também com projeções de dívida melhores para ambos os períodos, mostrados nesta sexta-feira o relatório Prisma Fiscal de março, elaborado pelo Ministério da Fazenda.
Agora, a expectativa mediana é de saldo primário negativo de R$ 78.615 bilhões em 2024, contra visão anterior de déficit de R$ 82.817 bilhões, segundo o relatório.
Para o ano seguinte, agora se espera que o resultado seja negativo em R$ 83.450 bilhões, melhor que a projeção anterior de rombo de R$ 86.541 bilhões.
Para 2024, foi prevista receita líquida (descontados repasses a Estados e municípios) de R$ 2.103 trilhões, acima dos R$ 2.099 trilhões do último Prisma.
Para 2025, a expectativa também subiu, a R$ 2.222 trilhões, de R$ 2.212 trilhões antes.
No que diz respeito à arrecadação das receitas federais — considerada crucial pelos mercados para o governo conseguir atingir as metas previsões no novo arcabouço fiscal — a visão mediana no Prisma passou a calcular R$ 2,588 trilhões neste ano, acima dos R$ 2,565 trilhões previstos sem boletim anterior.
Para 2025, a expectativa de arrecadação também subiu, para R$ 2.732 trilhões, de R$ 2.706 trilhões antes.
Houve queda na expectativa média de despesas do governo federal deste ano, para R$ 2.179 trilhões, contra R$ 2.180 trilhões anteriormente. Para o período seguinte, a projeção caiu R$ 2.298 trilhões, frente a R$ 2.304 trilhões na leitura passada.
Enquanto isso, o mercado atrapalha a projeção para a dívida brutal do governo geral de 77,45% do PIB neste ano, contra 77,50% esperado no mês anterior. Para 2025, o prognóstico foi reduzido para 79,94%, de 80,09%.