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    Mercado repercute dados mais fracos da economia dos EUA e corte de juros na China

    Expectativa da alta de juros nos Estados Unidos já para março e cortes na China ficam no foco do mercado desta quinta-feira

    Priscila Yazbekda CNN , Em São Paulo

    A situação da economia americana fica no foco do mercado desta quinta-feira (20), assim como nos cortes de juros na China.

    Começando pelo exterior, índices futuros americanos sobem depois de um dia de baixa na quarta-feira (19). A estabilização dos juros globais ajuda as bolsas a corrigirem parte das perdas sofridas nos últimos dias.

    Analistas dizem que a reunião do Banco Central americano, marcada para a próxima semana, deve ser complexa. A inflação pressionada aponta para o aumento de juros em março, mas dados mais fracos da economia e a variante Ômicron põem a velocidade e magnitude desse aumento em dúvida.

    Ainda que a expectativa de alta dos juros nos Estados Unidos atraia recursos para os títulos do país, investidores seguem tirando recursos.

    Com a perspectiva de que a economia americana cresça menos, investidores estão buscando ganhos em commodities, países emergentes e outras moedas. Por esse motivo, o dólar vem enfraquecendo ao redor do mundo.

    Na Europa, as bolsas operam mistas. No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que não renunciará, e anunciou o começo do fim das restrições contra a Covid-19 na semana que vem.

    Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, apoiadas pelos novos estímulos na China.

    Brasil

    Vindo para o Brasil, o Ibovespa fechou mais um dia em alta na quarta. A bolsa brasileira tem ganhado com o movimento de migração de investimentos globais para países emergentes e commodities.

    Com alívio nos juros, ações de tecnologia e construção subiram, sendo os setores que são mais afetados com a perspectiva de juros maiores.

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que queria conceder reajuste para policiais federais, mas vai ter que decidir entre salvar a categoria ou deixar todos sofrerem, colocando em dúvida a possibilidade de reajuste.

    Nesta quinta-feira (20), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, se reúne com lideranças de servidores públicos federais para discutir a extensão de reajuste de policiais às demais categorias.

    Investidores também monitoram o avanço da variante Ômicron da Covid-19.

    O Brasil ultrapassou os 200 mil casos diários de pela primeira vez, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A média móvel de casos está próximo da cada dos 100 mil. O registro de mortes também aumentou. Em 14 dias, foi registrado 114% de aumento (99 nos últimos 14 dias contra 212 agora).

    O mercado também fica de olho nas falas de presidenciáveis. Segundo analistas, o tom mais moderado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma entrevista reduziram a percepção de risco fiscal e influenciaram a bolsa.

    Economistas e analistas que acompanham de perto as movimentações do governo avaliam que o presidente Bolsonaro está tentando deixar a porta aberta para não conceder aumento nenhum. Uma das saídas é dizer que, se houver aumento para uma categoria, deve se dar para todas. Nessa linha, o ministro do trabalho, Onyx Lorenzoni, criticou a pressão dos servidores, dizendo que falta sensibilidade da elite do funcionalismo.

    O Ibovespa futuro tem leve alta de 0,23%, a 108.967 pontos. O dólar cai 0,19%, valendo R$ 5,45, e o S&P 500 Futuro sobe 0,47%, a 4.554 pontos.

    Agenda do Dia

    O presidente Jair Bolsonaro tem encontro marcado às 13h10, com o presidente da República do Suriname, Chandrikapersad Santokhi.

    No exterior, agora pela manhã sai a ata da decisão de juros do Banco Central europeu. Pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos e ata da decisão de juros no Japão também constam no cronograma.

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