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    Mercado opera nesta sexta-feira de olho em Petrobras e reunião do G20

    Balanço da estatal e reuniões de líderes globais estão no radar econômico desta sexta-feira (29)

    Priscila Yazbekdo CNN Brasil Business , Em São Paulo

    O mercado financeiro opera nesta sexta-feira (29) com a Petrobras no radar no cenário doméstico e reuniões de líderes globais no exterior.

    O balanço da estatal indica lucro líquido de R$ 31 bilhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 1,5 bilhão do terceiro trimestre de 2020. O resultado ficou acima das projeções de mercado, que previam lucro de R$ 20 bilhões.

    O forte resultado foi impulsionado pela alta do petróleo, pela reversão da baixa contábil sobre os investimentos pela venda da BR Distribuidora e também pelo excedente da cessão onerosa no Campo de Búzios.

    Um dos grandes destaques é que a empresa atingiu a meta de endividamento de R$ 60 bilhões, ao registrar dívida de R$ 59,6 bilhões. A meta era prevista para 2022 e funciona como gatilho para a nova política de dividendos da companhia.

    A estatal vai distribuir quase R$ 31,8 bilhões de dividendos. Essa distribuição se soma aos R$ 31 bilhões anunciados em agosto. Com isso, o governo deve receber R$ 23 bilhões do total. Pouco antes do balanço, o presidente Jair Bolsonaro defendeu o “papel social” e um “lucro não muito alto” para Petrobras em live.

    A Vale também divulgou resultado, reportando lucro de quase US$ 3,9 bilhões, abaixo das projeções do mercado de US$ 6,2 bilhões

    Na economia, destaque para o adiamento da PEC dos Precatórios, que abriria espaço para bancar o Auxílio Brasil. Com o projeto travado, ontem as analistas da CNN Thais Arbex e Renata Agostini adiantaram que o governo estuda ampliar o auxílio emergencial, decretando novo estado de calamidade pública.

    A alternativa é vista ainda com mais temor pelo mercado porque representaria mais riscos às contas públicas. Enquanto a PEC tenta abrir espaço no teto, um estado de calamidade ignora por completo o Orçamento pra emplacar gastos. Com o aumento do risco fiscal, juros futuros subiram ontem.

    Contribuiu também para o pessimismo o dado do IGP-M, o segundo dado de inflação desta semana que superou as expectativas, decepcionando as projeções de desaceleração de preços.

    Mundo

    No exterior, os futuros americanos abrem em queda com resultados fracos da Apple e da Amazon.

    Investidores ficam de olho na reunião do G20, que começa amanhã em Roma. O tema central vai ser a emergência climática, por isso a reunião deve ser uma espécie de esquenta para COP26, que começa domingo. O trade off entre clima e inflação, como equilibrar transição pra energias verdes e mais caras, sem forçar preços para cima, deve ser um dos tópicos debatidos.

    Na Europa, índices em queda seguindo os Estados Unidos e refletindo dados de atividade. O PIB da zona do euro veio em linha com o trimestre anterior. Itália e França foram as surpresas positivas e Alemanha e Espanha negativas.

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