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    Mercado opera com dados do comércio brasileiro e inflação global no radar

    Inflação dos EUA, aprovação da PEC dos Precatórios e retração do comércio em setembro movimentam economia nesta quinta-feira (11)

    Priscila Yazbekdo CNN Brasil Business , Em São Paulo

    O mercado financeira abre a quinta-feira (11) de olho na inflação global e nos dados do comércio nacional, divulgada agora pouco.

    No exterior, bolsas abrem em alta se recuperando das fortes quedas de ontem. Os índices caíram depois da divulgação da inflação nos Estados Unidos, que veio acima do esperado e ficou acima de 6% em 12 meses — a maior alta em um ano em 30 anos, desde 1990.

    Com a inflação superando as projeções, as expectativas é de que os juros também aumentaram. As taxas dos títulos americanos de 10 anos, treasuries, subiram 10% só ontem, para 1,57%. A consequência é que investimentos de renda fixa ganham atratividade frente à bolsa, derrubando ações.

    Outro reflexo é que, com taxas maiores nos Estados Unidos, a economia mais segura do mundo, investimentos migram dinheiro para lá e o dólar sobe.

    Na Ásia, bolsas subiram com notícias de que a Evergrande pagou parte das dívidas, que estavam sob risco de calote. Além disso, há uma expectativa de que o governo chinês relaxe um pouco as medidas contra o setor imobiliário, para conter a crise. O alívio sobre a Evergrande inclusive ajuda a conter o mau humor do mercado com inflação americana.

    Na Europa, índices operam entre altas e baixas, com inflação nos Estados Unidos pesando negativamente, mas balanços de empresas pesando de forma positiva, com destaque pro forte resultado da Siemens.

    Brasil

    No mercado interno, os investidores reagem aos dados do comércio varejista, cuja venda caiu muito acima do esperado em agosto ante setembro.

    Vale dizer ainda que a aprovação da PEC dos Precatórios fez a bolsa subir ontem, mesmo com o mercado caindo lá fora. Vale lembrar que o mercado enxerga que a proposta é ruim porque piora as contas do governo, joga dívidas para frente, mas seria o caminho menos pior e, pelo  menos, já conhecido, que gera menos incerteza. Além disso, a bolsa já vinha caindo bastante, então o avanço da PEC já estava precificado.

    Outro destaque por aqui é a revisão das expectativas depois dos dados de inflação ontem, que vieram acima do esperado, com IPCA batendo quase 11% em 12 meses. Bancos passaram a prever inflação acima de 10% no fim do ano e alguns falam em chance de taxa Selic acima de 10% já em 2021, o que implicaria aumento da taxa acima de 1,5 na próxima reunião do Copom.

    Agenda do dia

    O IBGE acabou de divulgar os dados do setor de comércio, que caiu 1,3% em setembro, bem acima das expectativas do mercado, que esperava queda de 0,6%. O IBGE destaca que a inflação vem pesando o setor. O dado abaixo do esperado deve, mais uma vez, levar a revisões pro PIB.

    Dia cheio no corporativo, com destaques para as divulgações de resultados de Banco Inter, B3, Energisa, lojas Renner, Magazine Luiza, Natura e Rumo.

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