Mercado esperava reformas, mas restrições por aumento de casos podem vir antes
Após as eleições, o mundo político deveria voltar a prestar mais atenção nos problemas, que não são poucos
Dados recentes mostram consistente aumento do número de casos e internações do novo coronavírus no país. Com isso, há expectativa de que governadores e prefeitos passem a anunciar novas medidas de restrição à circulação das pessoas e ao funcionamento das cidades.
No episódio de hoje:
– O segundo turno das eleições municipais foi decidido ontem em 57 cidades brasileiras;
– Agora, em tese, o mundo político deve voltar a prestar mais atenção nos problemas, que não são poucos;
– Em Brasília, a promessa é que agora a agenda de reformas econômicas vai finalmente deslanchar;
– Mas essa promessa poderá ser atropelada pela pandemia do novo coronavírus. Dados recentes mostram o consistente aumento do número de casos e internações;
– Diante desse fato, há expectativa de que governadores e prefeitos passem a anunciar medidas de restrição à circulação das pessoas e ao funcionamento das cidades;
– Sobre o resultado das eleições, o mundo econômico está de olho no impacto das urnas na governabilidade de Jair Bolsonaro e nas chances de tramitação das reformas;
– Ainda falando do presidente, ele já disse algumas vezes que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é quem manda em 99% da economia;
– Pois ontem Bolsonaro disse que essa relação de forças mudou: “Paulo Guedes é 98% da economia, eu passei para 2%. Estou começando a entender”;
– Após votar no Rio de Janeiro, o presidente defendeu a autonomia do Banco Central para evitar interferências no órgão;
– Também disse que cobrou Guedes de que os brasileiros ganham pouco e, para tentar melhorar essa situação, quer dar chance para os empreendedores com um novo programa chamado “Minha Primeira Empresa”;
– Os estrangeiros parecem estar voltando à bolsa brasileira. No acumulado de novembro até o último dia 25, quarta-feira, a B3 recebeu R$ 30 bi em novos investimentos de fora do país;
– A forte entrada de recursos internacionais indica que o mês poderá ter o maior fluxo de estrangeiros da série histórica iniciada em 1995;
– Entre as ações, o setor de turismo foi o mais beneficiado e as companhias dispararam em bloco. A Azul acumula alta de 63% no mês e Gol saltou 46%;
– Falando no otimismo sobre a Covid-19, o jornal britânico Financial Times informa que o governo do Reino Unido pode aprovar em breve a vacina desenvolvida pela norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech;
– Há expectativa de que a aprovação aconteça nos próximos dias e as primeiras doses poderiam ser aplicadas à população já em 7 de dezembro;
– O Reino Unido já comprou 40 milhões de doses dessa vacina que precisa de duas aplicações para a imunização;
– Ainda no começo do mês – provavelmente entre os dias 8 e 10 de dezembro – os Estados Unidos também devem aprovar o imunizante;
– No Brasil, não há qualquer indicação de como e quando a vacinação poderia começar, já que o país apostou basicamente em apenas dois projetos;
– O governo federal colocou todas as fichas na vacina de AstraZeneca e Oxford, que tem tido problemas após erros na dosagem no período de testes;
– Já o governo de São Paulo apostou fichas na vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, que ainda não concluiu os estudos finais;
– Quem tem carteira assinada recebe hoje a primeira parcela do 13º salário;
– O pagamento desse salário extra deve injetar na economia brasileira cerca de R$ 215 bilhões;
– A conta foi feita pelo Dieese, que calcula que 80 milhões de brasileiros vão ser beneficiados pelo pagamento;
– Nesse grupo, estão todos os trabalhadores com carteira assinada formal, inclusive os empregados domésticos, além dos beneficiários da previdência social e aposentados da união, estados e municípios;
– AGENDA: Banco Central divulga às 9h30 a nota com o resultado das contas de todo o setor público;
– No exterior, norte-americanos avaliam a sondagem industrial do Federal Reserve no mês de outubro e chineses divulgam o PMI de novembro.
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