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    Mercado eleva previsão para Selic em 2024 e adia novos cortes para 2025, aponta Focus

    Atualmente, a taxa de juros está em 10,50% ao ano. Segundo o relatório, esse patamar deve permanecer inalterado

    Pedro Zanattada CNN , São Paulo

    Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) pioraram as expectativas com relação a continuidade do ciclo de cortes dos juros no Brasil. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (17), a taxa Selic não deve mais ser reduzida em 2024.

    Atualmente, a taxa de juros está em 10,50% ao ano. Segundo o relatório, esse patamar deve permanecer inalterado. No relatório anterior, a instituição trabalhava com uma taxa de 10,25% em 2024.

    O pessimismo com uma política monetária mais frouxa ocorre na esteira de ações do governo que pioraram a percepção com a agenda de compromisso fiscal e o corte de gastos. Na semana passada, a Medida Provisória (MP) que compensava a desoneração da folha foi devolvida pelo Congresso ao governo.

    A oposição do setor produtivo e a pressão por ações que mirem nos gastos públicos aumentaram exponencialmente desde então.

    Outro indicador que passou por revisão foi o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que mede a inflação oficial do país.

    Para este ano, a previsão é de que o IPCA tenha uma alta de 3,96%. Na semana anterior, a expectativa era de um avanço de 3,90% para 2024. Enquanto para o ano que vem, a inflação deve subir 3,80%.

    O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

    Já com relação ao dólar, as expectativas também subiram para R$ 5,13. Neste ano, o dólar teve uma forte valorização ante o real, que apresenta o terceiro pior desempenho cambial no mundo, de acordo com um levantamento da TradeMap para a CNN. A pesquisa considerou 20 moedas globais.

    Sobre o crescimento da economia, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano caiu em 0,01 ponto percentual, a 2,08%, e permaneceu em 2,0% para 2025.

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