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    Massa adia aumento de imposto sobre combustíveis previsto para esta quarta-feira na Argentina; reajuste será após as eleições

    Argentina enfrenta escassez de combustíveis após paralisação de refinarias e incapacidade de importação

    por Maximilian Heath, de Reuters

    O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, que disputará o segundo turno da eleição presidencial do país neste mês, adiou aumentos planejados de impostos sobre combustíveis nesta quarta-feira (1º), em uma tentativa de manter os preços nas bombas baixos após uma recente escassez.

    A medida adiará os ajustes fiscais já atrasados, destinados em parte a acompanhar a inflação alta, até 1º de fevereiro.

    O aumento do valor fixo cobrado sobre a gasolina e o diesel deveria entrar em vigor nesta quarta-feira.

    “Vamos defender os bolsos dos argentinos”, disse Massa em um comunicado, acrescentando que a medida ajudará a manter os preços nas bombas baixos às custas da arrecadação de impostos estaduais.

    A prorrogação do congelamento de impostos ocorre em um momento em que o país sul-americano está saindo de uma crise de combustível nos últimos dias, em que muitos postos de gasolina ficaram sem abastecimento devido à paralisação das refinarias locais e à falta de reservas de moeda estrangeira que impedem as importações.

    Isso pode dar a Massa, que usou cortes de impostos direcionados para superar a intenção de voto que as pesquisas lhe davam antes da votação do primeiro turno em outubro, um impulso com os eleitores antes do confronto direto de 19 de novembro contra o ultraliberal Javier Milei, que apoia cortes acentuados nos gastos do Estado.

    Massa disse nesta quarta que a recente crise de combustível foi resolvida e defendeu as medidas do governo que mantiveram os preços locais abaixo dos níveis internacionais.

    Ele rejeitou o que disse serem pedidos de aumento acentuado dos preços, embora tenha dito que deseja garantir incentivos para o desenvolvimento do setor.

    “Temos que discutir cara a cara quais são as margens que garantem a manutenção dos níveis de investimento do setor de hidrocarbonetos, mas também cuidar dos bolsos dos argentinos”, disse o ministro.

    Veja também: Entenda como a Argentina chegou até a atual crise econômica

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