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    Marinho nega divergência com Guedes e diz que há unidade no governo sobre gastos

    Ministro relembrou atuação no teto de gastos e nas reformas trabalhista e da Previdência para afastar pecha de que contrarie política de ajuste fiscal

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou nesta sexta-feira (4), em entrevista exclusiva à CNN, que há unidade dentro do governo Jair Bolsonaro a respeito da política econômica e fiscal.

    Marinho vem sendo apontado como um dos ministros da ala “desenvolvimentista”, que estaria em choque com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a respeito da necessidade de expansão ou não dos gastos públicos.

    “Há uma unidade do governo e vou explicar porquê. Nós todos concordamos que há a necessidade de uma retomada da economia e que a liderança desse processo, em termos de volume de investimentos, se dá pela iniciativa privada por razões óbvias”, disse o ministro à CNN.

    Rogério Marinho argumentou que há alinhamento em ter um investimento majoritariamente privado, mas com a abertura da possibilidade de novos aportes do setor público. Ele aponta que as PECs apresentadas pela equipe de Guedes que tratam das finanças de estados e municípios.

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    O ministro foi entrevistado pelos âncoras Monalisa Perrone e Caio Junqueira e pelos colunistas Fernando Molica, Iuri Pitta, Thaís Arbex e Thaís Herédia.

    Marinho se defendeu de críticas de que ele não seria comprometido com a responsabilidade fiscal e apresentou as suas “credenciais”. Ele relembrou o seu voto favorável ao teto dos gastos enquanto era deputado federal, a relatoria da reforma trabalhista e o seu papel, já no governo Bolsonaro, durante a reforma da Previdência.

    Guedes x Maia

    O ministro do Desenvolvimento Regional foi questionado sobre a divergência publicizada entre o ministro Paulo Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

    “Essa é uma situação que vai se resolver pelo interesse pelo país. São personagens absolutamente importantes e vão saber superar as suas divergências”, disse.

    Nesta quinta-feira (3), Maia disse à CNN que um almoço que teria com a equipe de Guedes foi cancelado e que a sua interlocução acontece hoje apenas com o Palácio do Planalto.

    Casa Verde e Amarela

    Um dos principais projetos em andamento na pasta dirigida por Rogério Marinho é o Casa Verde e Amarela, programa idealizado para substituir o Minha Casa, Minha Vida.

    O ministro argumenta que o novo programa vai economizar recursos públicos e atender um número maior de pessoas e rebateu as críticas de que o projeto rejeitaria o que já era feito pelo modelo atual.

    “O Brasil não foi inventado em 1º de janeiro de 2019 e nem tampouco em 1º de janeiro de 2003 ou antes disso”, argumentou, citando as datas das posses, respectivamente, do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “Somos o acúmulo de uma série de políticas públicas que foram empreendidas e implementadas por governos anteriores e o grande mérito do governo do presidente Bolsonaro é quebrar esse ciclo vicioso de governantes que simplesmente passavam uma regra e diziam daqui diante sou eu”, completou.

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