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    Magalu tem 80% das receitas em canais digitais e reforça vocação de tecnologia

    Lojas fechadas não impediram que a rede varejista tivesse receita 50% maior no segundo trimestre; vendas pelo marketplace triplicaram

    O Magazine Luiza (MGLU3) teve um segundo trimestre de números superlativos, alavancados pela forte operação online. Os dados divulgados nesta segunda-feira (17) depois do fechamento do mercado reforçam que a rede varejista pode ser cada vez mais considerada uma empresa de e-commerce ou até de tecnologia.

    As vendas pelos canais digitais responderam por 78,5% das receitas totais da companhia.

    A transformação digital da companhia, uma expressão que se tornou praticamente um clichê na pandemia, ganhou o reconhecimento dos investidores: as ações da companhia acumulam valorização de 71,5% neste ano a despeito da forte crise econômica provocada pelo novo coronavírus.

    As vendas totais somaram R$ 8,6 bilhões de abril a junho, o que representou um crescimento de 49% na comparação com o mesmo o período do ano passado, mesmo com as lojas físicas fechadas em boa parte dos três meses. Com esse volume de vendas, o Magalu se torna o maior varejista de bens duráveis do país, à frente da rival Via Varejo (dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio).

    Em junho, 2 em cada 3 lojas físicas já estavam reabertas, reforçando o desempenho trimestral.

    Apesar do forte crescimento, o Magalu encerrou o trimestre com um prejuízo de R$ 62,5 milhões. 

    O crescimento acelerado não aconteceu às custas do caixa. Ao contrário. Entre abril e junho, o Magalu gerou um caixa operacional de R$ 2,2 bilhões, o maior já registrado pela companhia. 

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    Essa expansão só foi possível graças ao forte aumento das vendas pela internet: a operação digital da companhia, formada pelo site, o superapp, o marketplace (plataforma em que o Magalu vende produtos de terceiros), o Netshoes, a Zattini, a Época Cosméticos e o Estante Virtual, cresceu 182%. Foi um percentual muito acima do e-commerce nacional como um todo, de 70,4%. 

    “O cenário de pandemia, com suas enormes transformações, mostrou que o Magalu era a empresa mais preparada para enfrentar a crise e sair dela fortalecida”, disse Frederico Trajano, CEO da companhia, em comunicado ao mercado. “Tínhamos o modelo de negócios ideal e a melhor equipe.”

    O melhor desempenho em termos percentuais coube ao marketplace, que abrigou milhares de vendedores que encontraram nesse canal o meio de sobrevivência com as lojas fechadas: +214%. 

    O Magazine Luiza também antecipou alguns números do terceiro trimestre: em julho, as vendas totais cresceram 82% na comparação anual. O e-commerce continuou em ritmo acelerado, com uma expansão de 162% em relação a julho de 2019, já com a Netshoes na base de comparação. 

    MagaluPay: 1 milhão de contas

    Com as lojas parcialmente fechadas no segundo trimestre, o Magalu acelerou sua estratégia de fazer a distribuição dos produtos diretamente das lojas, o modelo conhecido como ship-from-store: 700 das mais de 1 100 lojas físicas foram convertidas em dark stores entregar diretamente ao cliente.

    A vantagem competitiva foi reduzir o tempo de entregas, agilizando a última milha (last mile).

    Outro pilar da estratégia do Magalu que apresentou resultados vigorosos foi o super app e sua “vertical” financeira: o MagalyPay encerrou junho com 1 milhão de contas abertas, o que mostra o potencial de ganho da empresa com a oferta de serviços financeiros para seus clientes.

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