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    Macron e Scholz se encontram para discutir ameaças tarifárias de Trump

    Europa tem se esforçado para responder com uma única voz às ameaças de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

    Da Reuters

    O presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, tentaram projetar unidade durante um encontro em Paris nesta quarta-feira (22), à medida que a Europa se esforça para responder com uma única voz às ameaças de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    Trump, que também ameaçou Canadá, México e China com tarifas pesadas, disse na terça-feira que a Europa possui superávits comerciais preocupantes com os EUA e que está “sujeita a tarifas”.

    Em declarações aos repórteres antes de um almoço de trabalho no Palácio do Eliseu, tanto Macron quanto Scholz insistiram que a Europa é forte e que a união entre seus países é sólida, embora esperem dificuldades.

    “O presidente Trump, isso já está claro, será um desafio”, disse Scholz.

    “Nossa posição é clara. A Europa é uma grande área econômica com cerca de 450 milhões de cidadãos. Nós somos fortes. Estamos unidos. A Europa não vai se esquivar e se esconder.”

    Há muito tempo, Macron defende que a Europa seja mais autossuficiente.

    “Após a posse de um novo governo nos Estados Unidos, é necessário, mais do que nunca, que os europeus e nossos dois países desempenhem seu papel na consolidação de uma Europa unida, forte e soberana”, disse ele.

    Os dois líderes mencionaram os setores de aço, automóveis e produtos químicos – possíveis alvos das tarifas dos EUA – como cruciais para a economia europeia.

    Muitos países da UE têm economias voltadas para a exportação.

    Já enfrentando custos de energia mais altos por conta da guerra na Ucrânia e uma desaceleração no comércio com a China, eles não gostam da ideia de uma nova frente de dificuldades com os EUA.

    No entanto, tanto Macron – que perdeu uma eleição parlamentar no ano passado – quanto Scholz, que está atrás de seu rival conservador nas pesquisas de opinião antes da eleição federal do próximo mês, estão enfraquecidos no cenário doméstico.

    A dupla também tem divergido em muitas questões nos últimos anos, adiando tomadas de decisões na União Europeia e deixando um vácuo de liderança que as instituições europeias têm se esforçado para preencher.

    Enquanto os principais políticos alemães têm pressionado por um acordo de livre comércio entre Europa e EUA, a França diz que a UE deve rejeitar a coerção econômica e aplicar contra-tarifas se for atacada.

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