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    Lula pressiona Ibama a estudar extração da Margem Equatorial

    Presidente defende exploração do combustível na região, que fica no Amapá

    Danilo Cruzda CNN , em São Paulo

    O presidente Lula voltou a defender a exploração de petróleo na Bacia Foz do Amazonas e reclamou da falta de autorização do Ibama para a Petrobras realizar estudos de viabilidade técnica na área.

    Segundo o presidente, o Ibama se reunirá com a Casa Civil ainda nesta semana. O objetivo da conversa seria garantir uma autorização de pesquisa à Petrobras.

    “Se depois a gente vai explorar, é outra discussão. O que não dá é para a gente ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo.”, disse também o presidente em entrevista à Rádio Diário de Macapá.

    As falas irritaram os servidores do Ibama, que consideram a pressão do governo inadmissível e apontam a tentativa de interferência política nos trabalhos do órgão. Em nota, os técnicos afirmam que as declarações de Lula são contraditórias com a postura de um país que sediará a COP-30, em novembro.

    Ao mesmo tempo, a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP) marcou um novo leilão de área de extração do combustível para junho. No quinto ciclo de concessão, mais de 300 áreas serão ofertadas.

     

    Nas últimas semanas, o governo aumentou a pressão pela exploração de petróleo na região da Margem Equatorial. A percepção do Planalto é que isso é um grande facilitador na relação com Davi Alcolumbre, presidente do Senado.

    Lula e Alcolumbre vão viajar juntos ao Amapá para entregas de obras e anúncios ao estado. O governo enxerga a aproximação com o senador como uma maneira de melhorar o relacionamento com o Congresso, onde o Planalto encontrava dificuldade.

    Os movimentos, por outro lado, enfrentam resistência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Marina se coloca contra a exploração da região, abrindo espaço para temores envolvendo a permanência dela no cargo.

    Mesmo assim, o governo aposta que ela ficará na Esplanada dos Ministérios, visando as negociações climáticas da COP, que seriam fortemente afetadas pela saída abrupta da ministra.

    * com informações de Julliana Lopes e Caio Junqueira, da CNN Brasil 

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