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    Litro do diesel alcança defasagem de R$ 1,50 em relação ao mercado internacional

    Diferença de preço é prova de fogo para o novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho

    Pedro Duranda CNN , no Rio de Janeiro

    Com quase 50 dias sem reajustes da Petrobras, o diesel voltou a ter um valor significativamente menor no Brasil do que em países do exterior. Nos cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustível (Abicom), a defasagem bateu nesta quarta-feira (27) 25%, o que equivale a quase R$1,50 por litro.

    O cenário impõe a primeira prova de fogo para o novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, apenas duas semanas depois da posse. O indicado do governo federal defendeu aplicar “preços de mercado” em seu discurso, uma sinalização à chamada PPI, Preço de Paridade Internacional, que basicamente significa manter equacionados os preços vendidos pela estatal ao que é ofertado pelas importadoras.

    Ao observar o gráfico de oscilação dos preços é possível notar que o descolamento do preço internacional do diesel já vem se arrastando ao longo de semanas, diferentemente da gasolina que possui um valor mais próximo, mas ainda assim registra uma defasagem pontual de 8%. A diferença mais permanente do preço é o que geralmente faz a Petrobras tomar decisões de reajuste.

    A CNN percorreu postos de combustível nesta quarta-feira e encontrou variações que superam 34 centavos no preço do litro de diesel de um bairro para outro. O litro do diesel S-10 foi encontrado a R$6,899 em Botafogo, R$7,199 no centro da cidade e R$7,240 no bairro da Glória.

    O presidente da Abicom, Sérgio Araújo, aponta que a defasagem vem desde o dia 12 de março. Ele afirmou à CNN que “o mercado espera o anúncio imediato de reajuste, lembrando que o último movimento ocorreu a quase 50 dias”.

    A CNN questionou a Petrobras sobre a defasagem. Em nota, a empresa informou que “não antecipa informações sobre reajustes que são divulgados cerca de 24 horas antes de entrarem em vigor”.

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