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    Leilões de transmissão na mira de governo preveem 16 estados e R$ 56 bi em investimentos

    Dentre o investimento estimado, cerca de R$ 21 bilhões estão concentrados nos dois leilões que vão acontecer neste ano, em março e setembro

    Danilo Moliternoda CNN

    A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), prevê para os próximos anos leilões de linhas de transmissão que vão cortar 16 estados e gerar R$ 56 bilhões em investimentos. A estimativa considera empreendimentos recomendados em estudos de planejamento concluídos até novembro de 2023.

    Dentre o investimento estimado, cerca de R$ 21 bilhões estão concentrados nos dois leilões que vão acontecer neste ano, em março e setembro. Outros R$ 24,7 bilhões dizem respeito a certames previstos para 2025 em diante.

    Assim como os leilões realizados em 2023 — que acumularam mais de R$ 37 bilhões em investimentos —, os principais objetivos dos próximos empreendimentos a serem leiloados são escoar energia de fontes renováveis do Nordeste a centros consumidores e reforçar a segurança e confiabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN).

    Confira abaixo os estados que receberão empreendimentos e seus respectivos objetivos:

    Cerca de R$ 30,6 bilhões estarão voltados ao escoamento de geração, enquanto R$ 25,6 bilhões (46%) visam o atendimento regional. O maior montante está concentrado no “submercado” Sudeste Centro-Oeste, com R$ 18,3 bilhões. Para o Nordeste estão previstos R$ 16,9 bilhões; para o Sul, R$ 15,8 bilhões; e para o Norte, R$ 5,2 bilhões.

    A ideia da EPE é de que até 2028 as linhas de transmissão tenham expansão de 14,6 mil km. Para isso, R$ 37,8 bilhões dizem respeito a investimentos em linhas de transmissão, ao passo que R$ 18,4 bilhões são relacionados a subestações.

    Estudos futuros

    As estimativas de investimento não consideram expansões que estão sendo planejadas pela EPE em estudos que estão em andamento. Mas o documento enumera 25 projetos, englobando todos os submercados, que estão no radar da empresa.

    À CNN, Marcos Vinicius Farinha, Superintendente Adjunto de Transmissão da EPE, indica que uma das prioridades dentre estes empreendimentos será atender as regiões de Manaus (AM) e Boa Vista (RR).

    Segundo o superintendente, as regiões apresentam “elevada complexidade técnica e socioambiental para implantação de novos empreendimentos de transmissão”. Apesar disso, serão recomendadas “extensas linhas de transmissão e novas subestações de energia visando prover um aumento na confiabilidade do atendimento às capitais”.

    O estado de Roraima é o único não conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Os moradores de Boa Vista e cidades próximas dependem de termelétricas e uma pequena central hidrelétrica. A gestão federal trabalha nas obras Linhão do Tucuruí, no trecho Manaus-Boa Vista, e quer concluí-las até setembro de 2025.

    Um dos principais objetivos da “priorização” é levar energia limpa e renovável à região. As termelétricas, que geram energia a partir da queima de óleo diesel, a gás natural e biomassa, são consideradas sujas, visto suas emissões de carbono.

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